Ritmo das obras na Arena da Baixada preocupam o governo federal| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

O projeto da Copa do Mundo no Paraná ouviu novas cobranças ontem. Desta vez, a apreensão com os rumos do evento no estado partiu do governo federal, que teme o ritmo lento da conclusão da Arena e a entrega de duas obras de mobilidade urbana em Curitiba: a readequação da Rodoferroviária e a extensão da Linha Verde Sul.

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A preocupação surgiu durante reunião realizada em Brasília para a elaboração do 5.º Balanço das Ações do Governo Brasileiro para a Copa, documento que será divulgado até o fim do mês. Cobrança que veio no dia seguinte à divulgação do relatório do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TC-PR), que detectou fragilidade no contrato do poder público com o Atlético, suspendendo o repasse de recursos do BNDES, e atraso em série nas obras.

"Repassamos todas as informações sobre o projeto, para que as ações sejam alinhadas. Eles pediram agilidade nas obras da Arena para que o prazo de finalização [dezembro de 2013] seja respeitado, e fizeram questionamentos sobre a viabilidade dos prazos da Rodoferroviária e da Linha Verde [maio de 2014]", afirma Mario Celso Cunha, secretário estadual da Copa no Paraná, um dos representantes do estado presentes ao encontro.

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Sobre a praça esportiva rubro-negra, os membros do governo ouviram explicações do arquiteto Carlos Arcos. De acordo com Arcos, a remodelação do Joaquim Américo já atingiu 71,4%, sendo 52,3% na reforma nova. Além disso, ele garantiu que os três pontos críticos – estrutura de concreto, metálica e gramado – estarão prontos até o fim de novembro.

Segundo Cunha, o bloqueio dos recursos para o término do estádio por parte do TC-PR não repercutiu. "Expliquei que não se trata exatamente de um corte, mas um pedido de informações. Informações que o Atlético já está repassando. Não há risco."

Quanto às intervenções de mobilidade urbana, a situação é incerta. Tanto as adequações da Rodoferroviária quanto da Linha Verde podem ser excluídas do PAC da Copa, em virtude do prazo praticamente inexequível. Apesar disso, Cunha ouviu dos representantes do governo federal que o financiamento não seria perdido.