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A organização não governamental HUA (Hinchadas Unidas Argentinas), que reúne 38 barras-bravas (torcidas organizadas conhecidas por sua violência) de times de fora da primeira divisão no país, entrou com um pedido na Justiça para que o governo argentino não forneça informações de antecedentes criminais de seus membros para as autoridades brasileiras responsáveis pela segurança na Copa.

Segundo a advogada da entidade, Débora Hambo, a lei argentina que regulamenta as torcidas proíbe que este tipo de dado seja fornecido sem a autorização da pessoa envolvida. Hoje, ela deu entrada no recurso de amparo para um dos membros do grupo e, nos próximos dias, fará o mesmo em favor de outros 20 torcedores.

Em reunião em Brasília na semana passada, autoridades policiais de Brasil e Argentina se comprometeram a trocar informações sobre torcedores com históricos de violência e antecedentes penais.

A Polícia Federal, desde 2009, já trabalha com agentes de segurança de outros países para identificar quem já tem ficha de brigão. Embaixadas brasileiras foram orientadas a dificultar visto para torcedores violentos que quiserem vir à Copa.

Se o Brasil tiver acesso a esses dados, segundo a HUA, poderá haver uma perseguição desnecessária a seus membros e problemas na imigração.

"Foi isso que aconteceu na África do Sul. Os rapazes foram perseguidos e presos sem terem feito nada", afirma à Folha de S.Paulo a advogada. "Se uma pessoa já cumpriu seu dever com a Justiça, se um processo já acabou, ela tem que pagar por isso a vida toda?", questiona. Na Copa de 2010, 18 membros da HUA foram presos e depois deportados.

A HUA já tem tudo organizado para ir ao Brasil para a Copa, com 650 torcedores. O grupo viajará em dez ônibus e desembarcará em Porto Alegre (RS).

A Argentina está no Grupo F do Mundial. E jogará na primeira fase contra a Bósnia, no Rio, dia 15/6, o Irã, em Belo Horizonte, dia, 21/6, e contra a Nigéria, em Porto Alegre, dia 25/6.

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