"Grupo da Vida". Foi com essa bem humorada manchete, logo após a finalização do sorteio da Copa do Mundo de 2014, que o site do jornal argentino Olé definiu o caminho que Lionel Messi e sua turma terá de percorrer nos gramados brasileiros no ano que vem.
Dona de dois títulos mundiais, a Argentina pega, pela ordem, Bósnia, Irã e Nigéria na fase de grupos do torneio da Fifa. Promessa de vida fácil que se estenderá até as quartas de final, com os vizinhos encarando Equador ou Suíça nas oitavas e Bélgica, Rússia ou Portugal na fase seguinte.
Dos cinco países envolvidos, apenas um possível duelo com o time de Cristiano Ronaldo, o que ampliaria a rivalidade do craque luso com Lionel Messi, há anos em litígio pelo posto de melhor do mundo, poderia preocupar mais os argentinos. Mesmo assim, Portugal é um país de pouca tradição em Mundiais que precisou da repescagem europeia, eliminando a Suécia de Ibrahimovic, para jogar a Copa.
Pedreira somente nos momentos finais do torneio da Fifa, quando Espanha, Holanda, Inglaterra, Itália, Uruguai e Brasil entram na rota dos bicampeões.
Sequência que agradou em cheio Alejandro Sabella. O técnico que terá a missão de encerrar um jejum de 28 anos da Argentina, desde o México-86, entregou um sorriso e fez o tradicional gesto de positivo quando as bolinhas selaram o chaveamento do país no ano que vem.
"Foi um sorteio positivo. Agora tenho de fazer o dever de casa e estudar os adversários minuciosamente", disse ele, sem esconder a empolgação. "Conseguimos evitar jogos em cidades com temperaturas muito diferentes e também escapamos do que se chama de grupos da morte. Sorte", emendou o treinador. Na fase inicial do Mundial, os argentinos passarão pelo Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre, um deslocamento aproximado de 1.680 km, bem menor do que o do Brasil, por exemplo, que irá percorrer 4.055 km entre São Paulo, Fortaleza e Brasília. "Poder jogar contra Argentina, Messi, é interessante", resignou-se o português Carlos Queiroz, técnico do Irã.
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