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A Copa é no Brasil, mas os brasileiros não foram convidados, diz o cartaz do manifestante | Albari Rosa/Agência de Notícias Gazeta do Povo
A Copa é no Brasil, mas os brasileiros não foram convidados, diz o cartaz do manifestante| Foto: Albari Rosa/Agência de Notícias Gazeta do Povo
  • Protesto contra a Copa em Curitiba teve início no Centro e terminou no Batel
  • Manifestantes na Rua Emiliano Perneta, no Centro da capital
  • Manifestação contra o Mundial na capital paranaense
  • Um novo ato foi marcado para a próxima quinta-feira (20)
  • Manifestantes foram impedidos de entrar no shopping Pátio Batel
  • Bate-boca em frente ao shopping
  • Protesto em Curitiba contra a Copa do Mundo
  • Manifestante mascarado em protesto contra o Mundial

Um grupo de cerca de 60 manifestantes fez uma passeata contra a realização da Copa do Mundo em Curitiba nesta terça-feira (18). Eles saíram da Boca Maldita, no Centro da cidade, e caminharam até o Shopping Pátio Batel. A entrada dos manifestantes foi barrada por seguranças do shopping, o mais luxuoso da capital. O protesto ocorre no mesmo dia em que Curitiba foi confirmada como uma das sedes da Copa do Mundo este ano.

INFOGRÁFICO: Confira a opinião dos brasileiros sobre a realização da Copa do Mundo

Veja fotos do protesto contra a Copa em Curitiba

Uma nova manifestação foi agendada para o dia 20, próxima quinta-feira, às 18 horas, na Boca Maldita, em Curitiba. No evento criado no Facebook, os organizadores citam problemas enfrentados pelo Brasil em áreas como saúde e infraestrutura e dizem que "a população vai pagar o preço" dos custos da realização do campeonato no país.

Sociólogo que participou da passeata, Bernardo Pilotto explica que o protesto procura cobrar e denunciar desvios de dinheiro para as obras referentes à Copa do Mundo em Curitiba. "Nossa proposta é trazer essa indignação dos brasileiros para as ruas". Segundo ele, o Pátio Batel foi escolhido como marco final da manifestação por "representar que a cidade está de fato transformando-se em negócio", afirmou o manifestante.

No Pátio Batel, apenas dois manifestantes conseguiram entrar. Um gerente de um das lojas do Pátio Batel chegou a sair para tentar dialogar com o grupo de manifestantes, o que também provocou bate-boca entre eles.

Pilotto afirmou ainda que os manifestantes não foram para o estádio da Arena da Baixada devido aos riscos de brigas com membros da torcida do Atlético-PR. "A gente quer evitar qualquer confronto", diz.

No decorrer da passeata, um carro que circulava pela Avenida do Batel foi cercado pelos manifestantes ao tentar atravessar pelo meio do grupo. Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra a motorista.

Hostilidades

Não houve confrontos no protesto, que durou até por volta das 20h30, quando os protestantes começaram a se dispersar.

O ato teve início na Boca Maldita por volta das 18h30. Houve três casos de hostilidade contra a imprensa. Um cinegrafista da Rede Massa, afiliada do SBT no Paraná, foi empurrado por um dos integrantes do protesto ainda na Boca Maldita. Outro cinegrafista e um fotógrafo também foram hostilizados. Ninguém ficou ferido e não houve casos de agressão a outras pessoas.

Os manifestantes carregavam faixas com dizeres como "Todo Poder ao Povo" e gritavam palavras de ordem. O protesto organizado pelo grupo Não Vai Ter Copa - PR é o segundo realizado nesta terça em Curitiba, data em que a cidade foi confirmada como uma das 12 cidades sede do evento.

Por volta das 15h30, cerca de dez pessoas se concentraram em frente à sede da Prefeitura em um ato pacífico para questionar os gastos com a Copa.

Outro lado

Por meio de nota oficial, "o Pátio Batel esclarece que não faz distinção de pessoas e que sua principal preocupação, em qualquer situação, é garantir a segurança e o conforto de todos os clientes, funcionários e lojistas. Ocorrências como a manifestação de ontem [terça-feira] (18), exigem atenção e cuidados preventivos como qualquer aglomeração".

Veja fotos da manifestação contra o MundialProtesto contra a Copa em Curitiba nesta terça-feira

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