O reforço de policiais durante os jogos da Copa do Mundo em Curitiba não foi suficiente para conter o aumento no número de homicídios na capital. Em junho, quando aconteceram as quatro partidas na cidade, houve 40 homicídios, 25% a mais que o mesmo período do ano passado. A diferença é que desta vez o quadro estava reforçado, com mais de 7 mil agentes de segurança, entre policiais estaduais, federais e guardas municipais, além de soldados do Exército.
Encerrada a participação de Curitiba no Mundial, o efetivo na capital começa a reduzir, retornando ao patamar padrão. De acordo com o coronel Péricles de Matos, subcomandante da Polícia Militar, 1,2 mil policiais do interior já retornaram às suas bases. Eles engrossaram o grupo de 2.960 soldados da PM que compunham as forças de segurança da Copa.
Apesar da redução, o coronel garante que a contratação de 500 alunos-soldados é suficiente para manutenção do padrão da segurança durante a Copa. Esses novos policiais já estão nas ruas da capital. "Vamos manter o mesmo padrão de atendimento à população", explicou Matos.
Balanço
Durante a Copa foram registradas 110 ocorrências envolvendo torcedores brasileiros ou estrangeiros em Curitiba. A maior parte dos casos relacionada ao uso ou posse de entorpecentes 21 na Fan Fest da Pedreira. Houve registro de três casos de venda ilegal de ingressos.
Ainda foram registrados oito casos de agressão, um na partida Austrália x Espanha e os demais no jogo Argélia x Rússia. Os norte-americanos e australianos foram as principais vítimas de furto, 4 e 5 registros, respectivamente. Nos casos de roubos, os estrangeiros da Austrália também foram os mais atingidos, com 9 ocorrências.
Legado
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) espera que os resultados do legado do Mundial no município sejam materializados nos próximos 60 dias. O secretario da Sesp, Leon Grupenmacher, afirmou que as polícias, o Instituto Médico Legal (IML) e peritos do Instituto de Criminalística conseguirão chegar aos locais onde ocorrem homicídios no prazo de uma hora e meia. Atualmente, o trabalho nestes locais demora em torno de quatro horas.
O primeiro atendimento é feito pela PM, que solicita a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Polícia Civil, IML e peritos, responsáveis pela busca de vestígios no local de crime para posterior investigação. Após a Copa, todos terão as informações ao mesmo tempo.
A melhora da estrutura no começo da investigação se deve, de acordo com Grupenmacher, ao investimento feito na segurança pública para o torneio. Segundo o executivo, a criação do Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR) e a aquisição de um software que integra todos os sistemas da segurança em Curitiba pouparão tempo. "Não haverá mais desculpas", afirmou.
Ainda, todas as instituições policiais trabalharão no CICCR, inclusive os atendentes do telefone de emergência 190. Além disso, os caminhões de monitoramento e sala-cofre estão entre os legados materiais da Copa.
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