Os heróis da "National Mannschaft" (seleção alemã, em alemão) vão se transformar hoje nos maiores divulgadores da marca de outra cidade: Berlim. A chegada da seleção de Joachim Löw, às 9 horas (horário local, 4 horas de Brasília), era aguardada com expectativa por torcedores, mas também por políticos e empresários, dispostos a colar suas imagens no sucesso do time capitaneado por Philipp Lahm. Ontem, os últimos preparativos indicavam um megaevento para centenas de milhares de alemães nas ruas da capital.
A festa começaria às 7 horas (1 hora de Brasília), antes de o Boeing 747-8, apelidado de voo 2014, chegar ao Aeroporto de Tegel, na periferia da capital. A previsão era de que o grupo de 23 jogadores e cerca de 60 membros da comissão técnica e da federação alemã fosse recepcionado já no terminal pelos torcedores mais ansiosos, que teriam um terraço isolado para a festa.
A seguir, a programação previa partir em um ônibus fechado até a entrada da capital, onde o grupo subiria em um caminhão aberto. Nas laterais, já foram pintados os anos 1954, 1974, 1990 e 2014, referentes aos torneios vencidos pela equipe nacional em Mundiais.
Próxima (e última) parada: Portão de Brandemburgo, com direito a festa popular. Antes de se apresentarem ao público e aos mais de 1,2 mil jornalistas credenciados, porém, os jogadores seriam recebidos pelo prefeito de Berlim, Klaus Wowereit, e autoridades nacionais. Só então se encaminhariam ao palco gigante montado no centro da capital, agora ornado com uma frase singela: "Obrigado, rapazes. Campeões 2014".
O local é o mesmo onde no último domingo pelo menos 250 mil pessoas acompanharam, às vezes sob chuva, a vitória frente à Argentina por 1 a 0. Desta vez, mais de 300 mil pessoas devem aparecer. A confraternização com os jogadores é estimada em uma hora os organizadores esperam que a festa se encerre ao meio dia (7 horas de Brasília), até porque o dia será de trabalho na Alemanha, que não terá feriado.
A final no Maracanã bateu o recorde de audiência da tevê alemã. Ao todo, 34,6 milhões de pessoas assistiram ao jogo 86% das televisões ligadas. O governo alemão anunciou ainda a impressão de 5 milhões de selos postais em homenagem à conquista.
Podolski agradece torcida e diz que volta um dia
Redação, com agências
Um dos principais responsáveis pela conquista alemã da simpatia do torcedor brasileiro, o atacante Lukas Podolski registrou ontem nas redes sociais a despedida do país. Em português, como fez em boa parte do Mundial, declarou carinho pelo Brasil e agradeceu pela acolhida recebida pelos agora tetracampeões mundiais.
"Essas cinco semanas foram fantásticas. Cresci muito como pessoa e atleta, ter ficado esse período no Brasil fez com que nós aprendêssemos a dar mais valor ao que temos, já estou com saudades do povo de Santa Cruz. Vamos deixar um legado. Estamos partindo, mas nossos corações ficam aqui, E UM DIA EU VOLTO", disse o atacante, referindo-se a Santa Cruz Cabrália, na Bahia, onde a delegação alemã ficou hospedada durante toda a Copa.
Antes de embarcar para Berlim, onde chegariam no fim desta madrugada, no horário de Brasília, o atacante apareceu no hotel vestindo uma camisa do Flamengo com seu nome atrás. Ao lado de Schweinsteiger, que foi o primeiro a dar as caras ontem pela manhã, Podolski fez embaixadinha e posou para fotos com a Taça Fifa.
Enquanto os compatriotas se preparavam para voltar para casa, Franz Beckenbauer, campeão mundial como jogador em 1974 e como técnico em 1990, elogiou a seleção germânica. "Foi um êxito do time, o melhor do torneio. Não tínhamos ninguém como Messi ou [Cristiano] Ronaldo, não tínhamos nenhuma superestrela completa, a superestrela foi o time."
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