O técnico da Argentina, Alejandro Sabella, não soube explicar o que aconteceu ontem, no Mineirão, no duelo entre brasileiros e alemães. Para o treinador, o massacre não passou de um resultado sem pé nem cabeça. "Vi o primeiro tempo e um pouco do segundo. Um 7 a 1 não é normal entre duas potências do futebol. Acontece, mas não é normal, certamente", falou, com expressão de espanto.
Os argentinos até atrasaram o treinamento no Itaquerão para ver ao vivo um trecho maior do jogo que definiu o primeiro finalista. A coletiva de imprensa começou 15 minutos depois do previsto, com elogios aos vencedores. Mas, principalmente, com uma sensação de extrema surpresa.
"Dois dos maiores ganhadores de Copas se enfrentaram. A Alemanha foi superior e ganhou bem. Não posso dizer nada mais. O futebol é isso. É o esporte mais ilógico e no qual acontecem coisas que não se prevê. Por isso é tão lindo", continuou Sabella.
Na sala de imprensa no estádio, as únicas comemorações foram de alemães. Nem mesmo os argentinos, maioria entre os estrangeiros, vibraram com a queda brasileira. A surpresa era maior do que qualquer outro sentimento.
Caso seja eliminado pela Holanda hoje, no entanto, Sabella deu uma prévia do discurso que terá. "Esse grupo já ganhou. Chegamos às semifinais depois de 24 anos", lembrou, antes de deixar clara a intenção de fazer história no Brasil. "Vamos ver se conseguimos ganhar mais", comentou o auxiliar de Passarela na equipe de 1998, eliminada justamente pela Laranja nas quartas de final. "Vingança não entra no meu dicionário. Tratarei de ganhar a partida", enfatizou.
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