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Polícia na frente do Copacabana Palace, no Rio, à procura de Raymond Whelan | Antonio Lacerda/EFE
Polícia na frente do Copacabana Palace, no Rio, à procura de Raymond Whelan| Foto: Antonio Lacerda/EFE

A Match, empresa parceira da Fifa, declara que Ray Whelan tem "o direito de resistir" diante do que a companhia chama de um "processo injusto" e "arbitrário". A reportagem revelou na quinta-feira com exclusividade que Whelan fugiu do hotel Copacabana Palace 15 minutos antes da chegada dos policiais do Rio que, com um mandado de prisão, o buscavam para levar de volta para a delegacia.

Imagens mostraram Whelan saindo com seu advogado pela porta dos fundos do luxuoso hotel. Ele é acusado de fazer parte de um esquema milionário de vendas ilegais de ingressos.

A Match insiste que não concorda com a palavra "fugitivo", já que ele não tinha seu movimento restringido e nem a exigência de ficar no Copacabana Palace. A empresa também justifica que Whelan não fugiu e que, pelo vídeo, ficou claro que ele "não estava correndo" do hotel.

"Entendemos que qualquer acusado no Brasil tem o direito fundamental de resistir uma coerção que ele acredite ser arbitrária e ilegal", afirmou a empresa em um comunicado. A Match insiste que, desde a fuga, a empresa não conseguiu manter contatos telefônicos com seu CEO.

Mas o advogado Fernando Fernandes, flagrado pelas câmeras do Copacabana Palace ao lado de Raymond Whelan quando o CEO da Match fugia pela porta dos fundos do hotel, informou que seu cliente está no Rio.

Segundo Fernandes, Whelan, que é considerado foragido pela Justiça, "não está fugindo, nem tentará fugir. No momento, ele aguarda decisões judiciais sobre o processo, uma vez que o pedido de prisão de ontem [quinta] é ilegal, já que a liminar que soltou Whelan na terça-feira não foi revogada", informou Fernandes. "Ele também está sem documento, uma vez que o passaporte foi entregue à Justiça no início da semana".

A Match garante que o advogado, ainda que não tenha sido contactado, vá apresentar uma nova ação para conseguir um habeas corpus. A empresa ainda tentou explicar como Whelan, que se ocupava de acomodações, estava vendendo ingressos a um cambista. "Isso não é ilegal e nem inapropriado", disse. Segundo a Match, revender ingressos só é ilegal se é feito sem a autorização. "Revender não é ilegal", completou.

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