Medo de apagão: iluminação, telefonia e internet preocupam na Arena da Baixada

Daqui a uma semana, o Atlético abre a Arena para o segundo jogo-teste. Ainda com a capacidade de público reduzida – 30 mil dos 43 mil lugares – e preocupado por não conseguir realizar um evento o mais próximo possível da operação necessária para uma partida de Copa do Mundo. O Corinthians deve ser o adversário do encontro noturno.

Na correria para deixar o estádio atleticano em condições, a iluminação e o serviço de telefonia e internet são as principais preocupações. Não apenas para a quarta-feira, dia 14, mas também para aprontar até o dia 22 deste mês, data da entrega para a Fifa.

Em nota técnica do dia 30 de abril, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) alertou para "atrasos significativos" nas instalações de fornecimento de energia elétrica em quatro sedes: Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Amazonas e Paraná. O problema atinge, inclusive, as áreas das praças esportivas do Mundial.

No Paraná, a agência de­­tectou 13 obras atrasadas, de responsabilidade da Com­­panhia Paranaense de Energia (Copel). De acordo com a nota da Aneel, a Copel garante a conclusão até o fim de maio. "Fizemos uma série de testes da iluminação, o balanceamento, e aparentemente está tudo certo. Mas será a primeira vez que estará ligada durante os mais de 90 minutos. Esperamos não ter surpresas", afirma Luiz Volpato, engenheiro responsável pela reconstrução da Baixada.

Outro ponto crítico é a telefonia e internet. No consórcio formado para a Copa, a operadora Tim foi designada para implantar o sistema na Arena. O acerto, entretanto, demorou a acontecer e a empresa corre contra o tempo para reforçar a rede para o uso de celulares, que terão volume alto de acessos.

O ministro das Comu­­nicações, Paulo Bernardo, declarou que a internet não deve funcionar adequadamente na sede curitibana, em São Paulo e Belo Horizonte. "Posso estar sendo muito pessimista, mas mesmo que façam agora o acordo para instalação dificilmente vai dar tempo de fazer um serviço de qualidade", declarou Bernardo, à Folha de S. Paulo.

Enquanto isso, o Rubro-Negro busca acertar os detalhes para a visita da presidente Dilma Rousseff, na próxima sexta-feira, pela manhã, e para a partida da próxima semana – um teste derradeiro está agendado para o dia 21, possivelmente diante do Libertad. Além da definição do oponente, o clube estuda como fará a cobrança de ingressos.

Os valores não estão definidos, mas é certo que todos os torcedores terão de pagar para entrar no estádio, mesmo os sócios do Furacão. O Atlético justifica a cobrança afirmando que o contrato de associação prevê ingressos somente para os jogos oficiais da equipe, o que não será o caso, em se tratando de um amistoso. Especula-se que os sócios desembolsarão R$ 150; os não sócios, R$ 300.