O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse na tarde desta segunda-feira (9) que os estádios brasileiros custaram, em média, menos que os estádios da Copa da Alemanha.

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Rebelo participou de coletiva no Centro Aberto de Mídia, instalado no Forte de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro.

A afirmação de Rebelo foi em resposta a um jornalista de uma televisão alemã que questionou o valor gasto na construção dos estádios no Brasil, citando os estádios Mané Garrincha e Maracanã, que superaram em três e duas vezes, respectivamente, seus orçamentos iniciais.

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"Não vá atrás desses números, porque eles nem sempre correspondem àquilo que atribuem a eles. Os estádios do Brasil são na média mais baratos que os da Alemanha, quando você calcula o preço total dos estádios dividindo pelo número de assentos", disse.

Rebelo tentou explicar as mudanças de orçamento ocorridas, por exemplo, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Ele disse que as obras complementares, de infraestrutura do entorno, por exemplo, foram consideradas como orçamento do equipamento esportivo.

"Vamos pegar só o caso de Brasília, que teve vários orçamentos. O primeiro era um orçamento preparado sem qualquer projeto para servir de base a inscrição do Brasil para concorrer à sede da Copa. Depois apareceu um orçamento com a estrutura externa do estádio. Depois veio outro orçamento com as obras da infraestrutura do entorno do estádio."

Ele continuou: "Todos esses orçamentos foram reunidos como se isso fosse um custo do estádio, colocando obras de entorno e de acesso. O equipamento esportivo em si tem um custo. As obras que depois foram acrescentadas com licitações separadas. Mas como constituíam parte do acesso ao estádio, foram todas colocadas no custo comum".

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Sobre a Arena Corinthians, Rebelo lembrou da ampliação do número de cadeiras ocorrida com a inclusão do estádio no programa da Copa.

"Além do que vocês sabem que o Brasil é um país caro, com uma alta carga tributária e que o preço do cimento aumentou nos últimos anos", disse.

O jornalista, já sem o microfone em mãos, insistiu: "Então não tem corrupção?", irritando o assessor de imprensa do governo e o secretário geral de comunicação do Planalto, Thomas Traumann, que compunha a mesa e pediu a palavra.

"Não [teve corrupção]. E uma outra informação para o senhor: o orçamento da Copa não representa um mês do gasto federal de um mês com educação. Então não houve corrupção, senhor. O senhor tem prova disso?", questionou o secretário.

Rebelo ainda teria a palavra mais uma vez e destacou que há mecanismos externos de controle, como Tribunal de Contas da União, que garantiram a isonomia do processo de construção dos estádios no Brasil.

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