O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, admitiu nesta quarta-feira (16) problemas com o sistema de transportes e com o trânsito no país, classificados como ele como "insuficiências que nós precisamos corrigir" antes dos grandes eventos esportivos que o Brasil sediará: a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016.
"Vamos ter de melhorar a situação de nossos aeroportos, do tráfego", disse Rebelo após o seminário "Brasil Rumo à Copa", ao qual chegou com uma hora de atraso justamente por problemas com o voo e o trânsito em São Paulo.
Para o ministro, nem todos os gargalos podem ser classificados como problemas de infraestrutura. Alguns, segundo ele, são de logística, "como por exemplo a capacidade de receber mais ou menos pousos e decolagens, ou mesmo das companhias [aéreas] e da Receita [Federal], que precisa de mais gente para desembaraço de bagagens". "São providências relativamente simples que podem melhorar a vida dos passageiros", completou.
O ministro ainda criticou o sistema de telefonia celular e afirmou que em 2014 todas as sedes da Copa terão a tecnologia 4G. "Aqui em São Paulo, em determinados momentos é difícil falar dois ou três minutos ao telefone", afirmou.
Durante a palestra, Aldo elogiou a Fifa, que "tem mais sócios e consegue resolver controvérsias que a ONU [Organização das Nações Unidas] não consegue". Mas depois alfinetou a entidade, que faz recorrentes críticas sobre os atrasos do Brasil nas obras para o Mundial.
"Dissemos à Fifa que temos de enxergar o Brasil como um país democrático, que tem Congresso que funciona, que tem órgãos de controle que funcionam, são independentes, e que tem a imprensa que fiscaliza e acompanha diariamente", revelou o ministro. "O Brasil investiu em obras públicas, que estavam previstas quando não se falava em Copa", acrescentou.
O ministro reconheceu, no entanto, a burocracia com o grande número de órgãos reguladores e fiscalizadores no sistema público para aprovação de projetos. "Estive no Maracanã e ouvi que lá são 13 órgãos com capacidade de paralisar obras", exemplificou.
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