O Brasil imaginou desequilibrar o confronto com a Alemanha a seu favor com duas armas adicionais: o apoio da torcida e, principalmente, a mobilização do time em torno de Neymar, cortado do Mundial após o duelo das quartas de final, contra a Colômbia. O objetivo era buscar a vitória a todo custo para dedicá-la camisa 10, mas o projeto foi por água abaixo. A motivação não foi suficiente diante da superioridade técnica dos germânicos em campo.
A "operação Neymar" foi apresentando falhas durante todo o dia de ontem. As máscaras com o rosto do jogador não se difundiram nas arquibancadas da maneira esperada. O número de torcedores no Mineirão com a camisa com o nome do astro não impressionou.
Os jogadores chegaram ao estádio vestindo bonés com os dizeres "Força Neymar". Durante o anúncio oficial da escalação brasileira, os torcedores até chegaram a gritar pelo jogador. Porém, foi a última vez que se ouviu o nome do atacante.
Depois do apito inicial, o que se viu foi um passeio dos visitantes. Bernard, o escolhido por Felipão para substituir o craque, não desequilibrou. Diante de uma goleada tão incontestável por 7 a 1, ficou claro que a presença de Neymar não seria o suficiente para evitar a eliminação brasileira. Esta foi a análise do técnico brasileiro Luiz Felipe Scolari.
"Eles poderiam fazer o que fizeram hoje [ontem] se o nosso time tivesse o Neymar. Ele não teria como defender aquelas jogadas trabalhadas. Não tem porque imaginar que com ele em campo o resultado seria diferente", opinou Felipão.
"Não dá pra usar a ausência do Neymar como uma desculpa. A Alemanha impôs um ritmo maravilhoso e definiu o jogo", completou.
Neymar pretendia acompanhar a final do próximo domingo, no Maracanã, no banco de reservas brasileiro. Agora, terá de se contentar em ir para Brasília, local da disputa do terceiro lugar.
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