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O Ministério Público do Paraná (MP-PR) vai pedir esclarecimentos a respeito do uso de dinheiro das obras na Arena da Baixada na aquisição de 50% dos direitos econômicos do lateral-direito Léo. Serão chamados para esclarecimentos o Atlético, a CAP S/A - empresa montada pelo clube para gerir a reforma do estádio -, a Fomento Paraná - autarquia do estado que concedeu empréstimos para as obras - e o Vitória.

Reportagem da Folha de São Paulo desta terça-feira (11) revela que R$ 1,5 milhão da CAP S/A foi utilizado pelo Atlético para pagar o Vitória metade dos direitos do jogador. Após divergências entre as diretorias dos clubes paranaense e baiano, Léo acabou indo para o Flamengo. O Atlético briga na Justiça para reaver o dinheiro.

A CAP S/A recebeu um total de R$ 226,4 milhões de recursos públicos para as obras da Arena da Baixada - estádio que chegou a ser ameaçado pela Fifa de ficar fora da competição por atrasos nos canteiros. Desse total, R$ 131,1 milhões são de financiamento do BNDES e R$ 95,3 milhões do governo estadual.

O próprio Atlético repassou R$ 38 milhões à CAP S/A, o que não permite garantir que o montante utilizado para contratar Léo seja dinheiro do financiamento público. Mesmo assim, o caixa da CAP S/A deveria ser utilizado exclusivamente na reforma da Arena, não na contratação de jogadores, já que ela é uma sociedade de propósito específico.

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