O governo do Paraná vai ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pedir um novo empréstimo para a Arena sem saber exatamente quanto o estádio irá custar. O secretário estadual do Planejamento, Cassio Taniguchi, e o presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa, têm reunião amanhã com o presidente do banco, Luciano Coutinho, no Rio. Vão explicar a necessidade de um crédito adicional para a obra, porém sem especificar o valor do novo aporte.
Há duas semanas, a Fomento recebeu do Atlético um orçamento de R$ 319 milhões, que está sendo auditado. Até ontem, o banco estadual não sabia informar se este número será levado para o encontro no Rio. O problema é que mesmo esta fatura está desatualizada. Terça-feira, em reunião com a Associação Comercial do Paraná (ACP), o presidente rubro-negro, Mario Celso Petraglia, falou em um custo de R$ 330 milhões.
"Os valores saberemos mais na frente", disse Petraglia, ontem, no CT do Caju. "Não sei bem [o orçamento atual]. Estava em torno de R$ 300 milhões", afirmou o governador Beto Richa, na abertura da Reunião Operacional de Copa.
Fechar o orçamento é fundamental para definir as garantias do novo financiamento e quem pagará a conta. Após defender, na Rádio CAP, o acordo tripartite para o custo total do estádio, Petraglia adotou um discurso mais conciliador: "O momento é de união."
Richa encampou o discurso de que a conta é do Atlético. "Não vamos pagar essa conta. É um estádio particular e as garantias são dadas para que tenha tranquilidade de que os recursos serão devolvidos", afirmou.
O Atlético tomou, via Fomento Paraná, um empréstimo do BNDES, no valor de R$ 131,1 milhões. Dinheiro do ProCopa Arenas, linha de crédito no limite de R$ 400 milhões ou 75% do valor da obra o que for menor. Segundo a assessoria do BNDES, este programa já foi encerrado. Seria necessário, então, buscar outra fonte no banco federal para atender o pedido.
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