Os dois caminhões, equipados com alta tecnologia de informação, custaram R$ 5 milhões cada| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Estádios

Seguranças particulares farão serviço ostensivo nas arenas

A segurança dentro dos estádios na Copa do Mundo fica sob responsabilidade da Fifa e é feita pelos stewards, agentes de segurança privada contratados pela entidade que atuam desarmados e não têm poder de polícia para revistar ou prender suspeitos.

A ideia dos organizadores é contar com um segurança para cada 50 torcedores no estádio. Os stewards passam por um treinamento especial para grandes eventos.

Este ano, no amistoso entre Brasil e Inglaterra, no Maracanã, os seguranças particulares não deram conta do trabalho e a Polícia Militar do Rio precisou ser acionada.

Alguns grupos não obedeceram a orientações e ações dos agentes da Fifa. Torcedores da Inglaterra, por exemplo, ocuparam escadas e bloquearam corredores de acesso durante a partida. Outro desafio foi com fãs brasileiros que ocuparam assentos errados e não quiseram sentar nos lugares marcados antes da intervenção da PM.

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Oito mil homens nas ruas, quatro mil integrantes das Forças Armadas de prontidão e investimentos de R$ 100 milhões estão programados para tentar garantir a blindagem de Curitiba na Copa do Mun­­do. Com o maior número de protocolos desenvolvidos em relação às outras 11 subsedes, a cidade está à frente no quesito segurança e prepara as primeiras ações públicas para o início de 2014.

Testes internos ganharão força a partir de janeiro e logo depois os curitibanos deverão ser surpreendidos com simulações em ruas, shoppings e aeroportos. Tudo para evitar incidentes, especialmente nos quatro dias (16, 20, 23 e 26 de junho) de jogos na cidade.

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Se em vários países o terrorismo está no topo das preocupações da segurança durante megaeventos, no Brasil inimigo é outro. Desenvolvido há três anos em conjunto com 38 entidades – como Polícia Militar, Federal, Civil, Militar, Federal Civil e Corpo de Bom­­beiros –, o plano de segurança teve o foco principal alterado pela onda de protestos que tomou conta do país durante a Copa das Confederações, em junho deste ano.

"Não nos iludimos. Não temos a menor dúvida de que os protestos voltarão com um vulto muito maior du­­ran­­­te a Copa. Por isso estamos bem preparados e tere­­mos uma força dez vezes maior do que foi visto na Copa das Confederações", afirmou o presidente da Comissão Es­­ta­­dual de Segurança Pública e Defesa Civil para Grandes Eventos do Estado do Paraná (COESGE), Flúvio Cardinelle Oliveira Garcia, há dois anos acompanhando todos os passos da preparação de Curitiba para o Mundial.

"Hoje posso dizer que as forças de segurança pública estão se preparando para as mobilizações. De forma alguma vamos impedir o cidadão de se manifestar. Só não podemos permitir que eles causem dificuldades ao evento ou impeçam o torcedor que pagou pelo ingresso, e pagou caro, de chegar ao estádio", reforçou.

A preparação da cidade contou com intercâmbio de agências de segurança dos Esta­­dos Unidos, Inglaterra e dos dois últimos anfitriões da Copa, Alemanha (2006) e África do Sul (2010).

Vários equipamentos foram adquiridos para o evento, com destaque para dois caminhões que servirão de suporte para o monitoramento durante o Mundial. Cada veículo custou R$ 5 milhões – dois terços só em equipamentos internos de controle e tecnologia de informação – e eles ficarão a postos na Arena e na Fan Fest, espaço público de transmissão de jogos (cujo local ainda não foi confirmado). O Parque Barigui chegou a ser anunciado, mas Jardim Botânico e Pedreira Paulo Le­­minski estão estre as possíveis escolhas.

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Em Curitiba, o Centro In­­­­tegrado de Comando e Con­­trole será QG da segurança durante a Copa. Instalado no quinto andar do edifício da Secretaria de Segurança, concentrará as atividades das 38 entidades envolvidas.

"Estamos com cerca de mil câmeras instaladas em Curi­­tiba. Essas imagens chegarão a nós. Ali serão definidas todas as operações já previstas e as medidas em qualquer emergência", explicou o coronel da Polícia Militar Mil­­ton Fadel, presidente da Câmara Temática Estadual de Segurança, e um dos responsáveis pelos centros de controle.

Um deles será montado na Arena. A demora para a finalização da obra do estádio adiou a instalação do local.

Tabela traz alívio para os militares

Com pouca expressão para os torcedores, o sorteio dos jogos destinados a Curitiba representou um alívio para os responsáveis pela segurança da capital durante a Copa. Com exceção da Espanha e seu apelo de ser a atual campeã, e do Ir㠖 e seu histórico de conflitos bélicos e de terrorismo –, os outros países não demandam receio extra dos orga­­nizadores locais: Austrália Nigéria, Honduras, Equador, Argélia e Rússia.

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"Nos preocuparia mais se fossem seleções como a Ar­­gen­­­­tina, que traria um grande grupo de torcedores. Uma Inglaterra, por causa do hooligans. Ou os Estados Unidos, por exemplo. Temos uma atenção extra no caso do Irã, pela proximidade com a fronteira [em Foz do Iguaçu]", explicou o Coronel Milton Fadel.

"Seguimos um padrão de segurança como se fossemos receber a seleção dos Estados Unidos [mais visada ou suscetível a ameaças terroristas, por exemplo]. Então, estamos prontos para atender a qualquer outra", reforçou o presidente da Comissão Es­tadual de Segurança Pública e Defesa Civil para Grandes Eventos do Estado do Paraná (COESGE), Flúvio Cardinelle Oliveira Garcia.

A segurança também será estendida ao CT do Caju, reduto escolhido pela Espanha para a preparação pré-Copa.

Para acompanhar os fãs das seleções que jogarem na Arena, há a intenção de uma parceria com as polícias dos respectivos países para "importar" profissionais, aumentando ainda mais o efetivo.