Na véspera da decisão da Fifa sobre se Curitiba permanece ou não como sede da Copa do Mundo, operários que trabalham nas obras da Arena da Baixada devem varar a noite no local fazendo os últimos ajustes.
O estádio, atrasado e com risco de não ficar pronto para o Mundial, vai receber nesta terça-feira pela manhã a visita do consultor da Fifa Charles Botta. É o relatório dele sobre o andamento da obra que vai embasar a decisão final sobre Curitiba.
Desde o fim de semana, os esforços estão concentrados na limpeza de detritos, não só para causar boa impressão a Botta, mas para liberar o espaço para o término do entorno e demais estruturas. Também estão sendo feitos o acabamento de vestiários e espaços de circulação, a instalação dos sistemas de som e iluminação. Faltam ainda as construções do entorno, como estacionamento e centro de imprensa.
O índice de conclusão da obra no estádio do Atlético ainda é de 90%, o mais baixo entre as arenas da Copa em execução.
Avanços
Há hoje 1.200 pessoas trabalhando na Arena, 20% a mais que quando a Fifa deu o ultimato a Curitiba, quatro semanas atrás. Os operários vinham se revezando em frentes de trabalho até as 22 horas, inclusive nos fins de semana.
A expectativa dos governos municipal e estadual é positiva. "Tudo o que eles pediram para o dia 18 [terça-feira] foi feito. Até mais", diz o coordenador estadual da Copa, Mário Celso Cunha.
No momento, a cobertura está pronta, o gramado colocado, 15 mil cadeiras foram instaladas - o pedido da Fifa era para que pelo menos 10 mil estivessem prontas - e houve "grande avanço" no acabamento dos vestiários e áreas de circulação.
Financiamento
Ainda há um impasse sobre o financiamento do estádio, cujo custo quase dobrou e está em R$ 330 milhões.
O Atlético já recebeu R$ 226 milhões em financiamentos do BNDES e do governo do Paraná, mas se queixa de falta de caixa para acelerar a obra. Os atuais recursos mantêm a reforma em andamento até o fim de fevereiro.
Para resolver o problema, o governo do Paraná aguarda liberação de uma nova linha de crédito pelo BNDES para fazer um novo empréstimo ao Atlético, no valor de R$ 65 milhões. O pedido foi feito na semana passada, mas ainda não há notícia sobre sua aprovação.
Na opinião do coordenador estadual da Copa, o problema não deve influenciar a decisão da Fifa sobre Curitiba. "O governo do Paraná, a Prefeitura de Curitiba e o Atlético já soltaram uma nota e se comprometeram a resolver esse problema", diz.
"O importante é concluir o estádio", corrobora o secretário municipal da Copa, Reginaldo Cordeiro.
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