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Eles não gostam de futebol, nem mesmo dos jogos da seleção brasileira, e aproveitaram o vazio de Curitiba para curtir a tranquilidade no dia da segunda partida do Brasil pela Copa do Mundo 2014, nesta tarde de terça-feira (17). Esse era o clima na passagem por algumas ruas do centro da capital no intervalo da partida entre Brasil e México, em um cenário curitibano que mais parecia final de tarde de sábado, com comércio quase totalmente fechado.

Entre policiais militares e vendedores ambulantes dos apetrechos de torcedores brasileiros -- que insistiam em se manter em seus postos de trabalho mesmo com o jogo em andamento -- a reportagem da Gazeta do Povo encontrou alguns moradores da cidade e da região metropolitana aproveitando a tranquilidade.

É o caso da moradora de Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, Édina Mazur de Oliveira, 33 anos. Ela veio fazer algumas compras no centro da capital e durante o jogo preferiu parar na Praça Carlos Gomes para simplesmente... fazer nada. "Não gosto de futebol, nunca gostei, nem do jogo da seleção. Agora aproveito para ficar aqui, mas o barulho das buzinas e dos fogos de artifício ainda me incomoda", diz.

Na Rua XV de Novembro, o calçadão não estava todo abandonado. Alguns amigos e casais ocupavam os bancos de um dos cartões postais do centro da cidade. Os amigos Lucas Henrique, 18 anos, e Raquel Dircksen, 16, até planejaram assistir ao jogo da Seleção Brasileira na Pedreira Paulo Leminski. Mas a lotação da Fifa FanFest desanimou os jovens, que resolveram pegar o rumo do Centro para simplesmente conversar.

"Não gosto muito de futebol. Até vi o primeiro jogo do Brasil, mas depois não vi mais nada dessa Copa", diz Raquel. "A gente ia demorar a chegar até a Pedreira, então achamos melhor vir para o centro. Os bares estão muito cheios, então achamos melhor ficar aqui", explica Henrique.

Prática de esportes

Unir o útil (pedalar) ao agradável (não assistir ao jogo). Assim pode-se definir o que o técnico em automação Diogo Quignalia da Silva, 30 anos, fez, ao menos durante a primeira etapa do jogo entre brasileiros e mexicanos. Ele foi liberado mais cedo do trabalho, pegou a magrela e saiu de sua casa, no bairro Boa Vista, para pedalar.

E aproveitou bastante. "Já fui até o (bairro) Portão e voltei. E pretendo pedalar mais", disse o ciclista, enquanto passava pelo calçadão da Rua XV de Novembro, com sua bike e fone de ouvido. Se não fosse para passear, ele diz que assistiria a um filme, mas não optaria pelo jogo.

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