Fiscalização é a palavra de ordem desde que o Brasil trouxe para seu território a responsabilidade de abrigar a Copa do Mundo de 2014. O megaevento exigirá um gasto bilionário em infraestrutura, estimado inicialmente em R$ 33 bilhões, para enquadrar as cidades-sede ao padrão da Fifa. Para amenizar a desconfiança popular, as autoridades rapidamente adotaram a palavra transparência em seus discursos.
O objetivo de tamanha preocupação é o modelo brasileiro de organização de eventos esportivos de grande porte leia-se Jogos Pan-Americanos de 2007. Para a competição continental no Rio de Janeiro foram investidos R$ 3,7 bilhões. Como a previsão inicial era de R$ 409 milhões, o que o país viu foi um reajuste de cerca de 900%. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União finalizada em 2009 encontrou indícios de irregularidades como superfaturamento e não prestação de serviços contratados.
Tendo esse pesadelo administrativo/financeiro como lição, desta vez diversas fontes de fiscalização e acompanhamento dos gastos pipocaram Brasil afora. Mas essas iniciativas que sugerem o amadurecimento do país ainda estão longe de ser suficientes para dar sossego ao contribuinte cerca de 98% dos custos sairão dos cofres do governo federal.
Há uma série de limitações nos portais que têm a missão de divulgar as despesas com a Copa 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Os dois principais problemas são a falta de padronização na apresentação dos custos, o que confunde o leitor muito mais do que o ajuda, e a burocracia, responsável por manter os dados desatualizados.
Os portais do Tribunal de Contas da União (TCU), da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Senado são alguns exemplos dessa tentativa de minimizar os desperdícios e as irregularidades na adaptação do país ao maior evento esportivo do planeta.
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