A seleção da Argélia doou toda sua premiação da Copa do Mundo aos palestinos de Gaza. Um total de 9 milhões de euros (equivalente a R$ 19 milhões) foi repassado pelos atletas de dirigentes segundo o portal IG e o jornal Daily Mail.
"Eles precisam mais disso do que nós", afirmou o atacante Islam Slimani ao portal norte-americano DieHard Sports. Slimani foi o autor do gol na Arena da Baixada que classificou a Argélia para a inédita oitava de final no empate contra a Rússia.
O atacante do Sporting de Portugal esteve com a delegação que foi recebida com festa na capital do país após a campanha história.
Engajamento não é novidade
Se a ajuda aos palestinos, que enfrentam crise humanitária na guerra contra os israelenses surpreendeu o mundo, o engajamento político e humanitário do futebol argelino não é novidade.
Durante a Guerra da Independência da Argélia, entre 1954 e 1962, quando o país lutou para se libertar da ocupação francesa, vários jogadores de origem argelina renunciaram à seleção da França, fugiram para a Tunísia, formando a base da primeira seleção argelina. A mensagem deles era que a Argélia não era parte da França.
Esta equipe, reforçada com outros jogadores locais, fez amistosos divulgando a causa da independência da Argélia, conquistada de fato em 5 de julho de 1962, após aceitação da França e referendo entre os argelinos.
Grécia também abriu mão de prêmios
Enquanto os prêmios foram motivo de brigas em Camarões, Gana e Nigéria, outra seleção além da Argélia abriu mão do dinheiro.
Os jogadores gregos fizeram um acordo em que o dinheiro recebido pela Fifa será usado para a construção de um centro de treinamento para descobrir novos talentos para o país.
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