Um ruidoso grito de comemoração rompeu o silêncio no saguão do hotel da seleção brasileira após Lionel Messi marcar o segundo gol da Argentina contra a Bósnia, no Maracanã. Nascida em Buenos Aires, a estudante de contabilidade Natália Banquero Barreiro, de 25 anos, assistia e torcia a estreia do seu país na Copa de 2014 um andar abaixo de onde o time de Luiz Felipe Scolari jantava, logo após chegar a Fortaleza.
"Tive de vir assistir ao jogo. O time estava o tempo todo com a bola e não marcava. Ele deu sorte. Desceu e saiu o gol da Argentina", disse Natália, referindo-se ao enteado Gabriel, que estava no quarto.
Natália deu um beijo em Gabriel quando o gol saiu. Apreensiva, se encolhia na poltrona em cada lance de perigo e demonstrava uma impaciência caricata com as tentativas da reportagem de perguntar sobre o jogo e sua vida no Brasil. Foto, só depois que acabasse o jogo ou sem sair da poltrona, "por favor".
Como Natália não tirava os olhos da tevê, coube ao seu namorado, o engenheiro Máximo Barreiro, de 35 anos, explicar a relação trinacional que levou os dois a Fortaleza exatamente no dia da chegada da seleção brasileira para enfrentar o México.
Os dois se conheceram pela internet há cinco anos. Após três anos de namoro à distância, Maximo convenceu Natália a atravessar a fronteira, quase todo o território brasileiro e ir morar com ele em Manaus. Como os dois têm avós uruguaios, foram à Fortaleza para assistir à estreia da Celeste contra a Costa Rica, no sábado (14).
Como a diária vence somente nesta segunda-feira, acabaram se tornando vizinhos de quarto da seleção brasileira. Uma oportunidade imperdível para tirar foto e conseguir autógrafo dos jogadores, certo, Natália? "Pfff...", desdenha. "Talvez só do Neymar", acrescenta, antes de voltar os olhos para a tela da tevê.
Obviamente, o casal torce por um Brasil x Argentina na final. Por isso, já têm combinada a estratégia para assistir ao jogo que, se acontecer, será um ótimo teste de convivência. "Cada um vai ver em um cômodo da casa", disse Máximo.
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