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O Brasil está disposto a deportar sumariamente 2,1 mil torcedores argentinos, já banidos dos estádios no país vizinho, durante a Copa do Mundo.

A lista com os nomes dos "barra-bravas", como são conhecidos os argentinos com histórico de violência nas arquibancadas e nos arredores das arenas, está nos sistemas de controle imigratório da Polícia Federal.

"Se tentarem entrar, serão barrados. Caso consigam, burlando os controles, serão detidos no Brasil e serão deportados sumariamente", afirma o delegado da PF Luiz Eduardo Navajas, o chefe da Interpol no Brasil. A PF promete deportá-los mesmo se estiverem longe dos estádios.

Foram solicitadas listas de torcedores violentos a todos os países que disputarão a Copa - até agora apenas a Argentina enviou as informações. Inglaterra, Bélgica e Alemanha avisaram que não os deixarão sair de seus territórios.

Outros 30 mil nomes de criminosos internacionais também foram lançados no sistema de controle imigratório e poderão ser acessados por autoridades de todos os órgãos de segurança do Brasil. Até agora, apenas um norte-americano condenado por pedofilia foi impedido de entrar no país.

Para ajudar a identificar e controlar infratores bem como assegurar assistência a estrangeiros vítimas de violência no Brasil, 205 policiais de 36 países e de três organismos internacionais começaram a trabalhar nesta segunda-feira (9) num centro integrado em Brasília.

Cada delegação pode ter até sete representantes, sendo que três ficarão no CCPI (Centro de Cooperação Policial Internacional) e quatro poderão acompanhar as torcidas dentro dos estádios. Eles, contudo, não terão poder de polícia, tampouco vão portar armas.

A ideia é acelerar a troca de informações sobre os estrangeiros durante o Mundial, como antecedentes criminais, autenticidade de documentos e listas de passageiros. O centro integrado também concentrará as informações relativas às ocorrências e incidentes envolvendo torcedores de outros países.

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