O comunicado feito pelo médico Daniel Martínez, sem direito a perguntas, leva a crer que a Argentina acompanhará inerte a recuperação de Ángel Di María, substituído contra a Bélgica com uma contusão muscular. Com uma lesão grau 1 no músculo reto anterior da coxa direita, o jogador está fora da semifinal contra a Holanda e terá acompanhamento diário a partir de quinta-feira no caso de uma classificação para a final. Na prática, porém, os argentinos estão dispostos a tudo para contar com o melhor coadjuvante de Lionel Messi para, passando pelos holandeses, enfrentar brasileiros ou alemães no Maracanã.
Segundo o diário As, da Espanha, o departamento médico da seleção argentina está fazendo dois tratamentos especiais para deixar Di María apto ao último jogo da Copa. A operação começou já na noite de sábado, logo após a delegação chegar a Belo Horizonte. O atacante foi submetido a injeções de células-tronco e aplicações de plasma rico em plaquetas (PRP) para acelerar a regeneração dos tecidos lesionados, controlar a inflamação e reduzir a dor.
Di María já passou pelos dois tratamentos no Real Madrid, o que o ajudou a chegar até o fim da temporada em que venceu a Liga dos Campeões como protagonista da final. O plano de recuperação ainda prevê tratamentos mais convencionais, como repouso, compressa de gelo, hidroginástica e outras atividades fisioterápicas. "Temos tudo à disposição para que possa se recuperar o mais rápido possível. Não joga contra a Holanda, mas depois se avalia dia a dia. Um dia é muito para a evolução de um jogador", disse Martínez, sem chance de réplica.
"Quero chegar. Vou me matar para me recuperar, porque se formos à final, quero estar lá. Os jogadores precisam de mim", disse o atleta aos médicos, segundo o As.
Nenhum outro jogador foi tão eficiente como coadjuvante de Messi nessa Copa como Di María. O atacante do Real é o maior finalizador argentino: 25 chutes, contra 17 de Messi. No Mundial inteiro, apenas Benzema chutou mais ao gol, 32 vezes. Até o momento, El Fideo acertou apenas uma na rede: o tiro que decretou a vitória sobre a Suíça, nas oitavas de final, após passe de La Pulga.
Sem Di María, Alejandro Sabella terá de mudar o jeito de jogar do time contra os holandeses. Não há no elenco peça com a mesma característica. Nem mesmo Kun Agüero, recuperado de lesão muscular e apto não apenas a ficar no banco, como a ser usado no segundo tempo da semifinal.
A alternativa mais provável é Enzo Pérez, que entrou na partida diante dos belgas. Com ele a Argentina perde força ofensiva, mas ganha uma reforço no meio-campo decisivo para conter os contra-ataques dos leões laranja.
"A equipe teve as linhas mais próximas. Evitou que a Bélgica pudesse rompê-las e jogar por dentro, que é sua maior virtude. Restou jogar pelos lados do campo ou com a ligação direta dos centrais. A Holanda atua igual, mas com mais experiência. Se há uma palavra que defina o jogo com os belgas é: inteligência. Devemos repetir", disse o volante Javier Mascherano.
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