O atacante Lionel Messi se mostrou agradecido pela recepção calorosa que a seleção da Argentina teve ao retornar na manhã de ontem para o país. Centenas de torcedores foram ao aeroporto de Ezeiza para receber os vice-campeões mundiais e também estavam nas ruas para saudá-los no trajeto até a sede da Associação de Futebol Argentino (AFA).
No início da tarde, os jogadores participaram de um encontro com a presidente Cristina Kirchner, que agradeceu a maneira como a seleção defendeu as cores do país. No encontro, Messi fez um breve pronunciamento. "A maneira como fomos recebidos foi espetacular. Gostaria de ter trazer a Copa, nós tentamos", resumiu.
Messi também comentou as críticas que a seleção recebeu antes da Copa. "Conseguimos chegar à final e jogamos de igual para igual com o adversário. Saímos com muitas dúvidas dos torcedores e da imprensa e nós fizemos mais fortes que nunca. Estamos unidos e mais fortes. Vamos continuar tentando dar alegrias para o nosso país".
Ainda ontem, os jogadores argentinos declaram publicamente apoio à permanência do técnico Alejandro Sabella. O pedido mais contundente foi feito justamente por Messi, ainda no domingo. "Quero que ele continue. Alejandro fez muito bem a este grupo", disse o camisa 10.
O atacante Sergio Agüero disse que a continuidade do trabalho se tornou ainda mais necessária depois do resultado no Maracanã. "Depois do golpe que levamos [perda do título], a saída de Alejandro seria como levar outro golpe".
Messi e Agüero resumiram o sentimento de todo o vestiário da seleção argentina. O grupo, que via com reservas a presença de um treinador com pouca experiência à frente da seleção Sabella iniciou a sua carreira como técnico apenas em 2009 tornou-se bastante unido durante a Copa. "Alejandro foi fundamental para que chegássemos aonde chegamos", elogiou Javier Mascherano, o capitão sem tarja da seleção.
Sabella não fala sobre o futuro. Desde que seu empresário, Eugénio López, declarou que o treinador de 59 anos encerraria seu ciclo na seleção independentemente do resultado da final, ele evita projeções. "Precisamos de alguns dias de descanso", limitou-se a declarar.
Dirigentes da Associação de Futebol Argentino (AFA) avaliam que Sabella fez um bom trabalho e conseguiu superar a barreira das quartas de final, fase na qual a Argentina havia sido eliminada nas duas Copas anteriores. A tendência é que ele permaneça no cargo.
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