Em quatro jogos na Copa do Mundo do Brasil, o atacante Higuaín ainda não havia marcado gol e vinha sendo muito criticado pela imprensa argentina. Mas neste sábado (05), o jogador desencantou, marcando o gol da vitória por 1 a 0 contra a Bélgica no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, e classificando a Argentina às semifinais - o que não acontecia há 24 anos, desde a Copa de 90, na Itália, quando Maradona ainda jogava.
O time do técnico Alejandro Sabella entrou em campo com modificações, como o zagueiro Demichelis ao lado de Garay, Biglia no meio-campo e Basanta na lateral esquerda, substituindo o suspenso Rojo. Com um time procurando o ataque, o gol argentino saiu logo no começo do primeiro tempo, quando o atacante do Napoli recebeu passe de Di María e finalizou de primeira ao gol do goleiro belga Courtois.
Os diabos vermelhos não conseguiram fazer a ligação entre o meio-campo e o ataque e, nas poucas oportunidades que chegaram à frente, errou na finalização. No segundo tempo, o técnico Marc Wilmots fez mudanças e colocou o time para frente, mas os erros do primeiro tempo persistiram e a Bélgica não conseguiu levar perigo ao gol de Romero.
Na semifinal, o time de Sabella enfrenta o vencedor do confronto entre Holanda e Costa Rica, que acontece neste sábado, às 17 horas, na Fonte Nova, em Salvador. A partida semifinal será quarta-feira (16), às 17h, na Arena Corinthians, em São Paulo.
O jogo
A Argentina começou o primeiro tempo procurando o ataque e utilizando o espaço no meio belga para pressionar. O gol não demorou a chegar: aos 7 minutos, depois da troca de passes rápida, o meia Di Maria achou Higuaín na entrada da área, que finalizou de primeira e fez seu primeiro gol na Copa do Mundo.
Mesmo atrás do placar, a Bélgica tentou não se abater e forçou as jogadas de ataque, explorando, principalmente, a lateral de Basanta, mas pecou no último passe antes da finalização. O primeiro lance ofensivo belga foi apenas aos 25, quando o meia De Bruyne arriscou de fora da área, obrigando o goleiro Romero a espalmar a bola para evitar o gol.
A frente do placar, o time de Alejandro Sabella recuou e passou a jogar nos contra-ataques, mas perdeu uma de suas peças mais importantes aos 32, quando Di Maria deixou o gramado com dores na coxa direita. Nos minutos finais da primeira etapa as duas equipes levaram perigo ao gol: aos 39, Messi cobrou falta direto para o gol e a bola passou perto do travessão belga e, dois minutos depois, o meia Mirallas respondeu cabeceando sem marcação ao lado da trave de Romero.
No segundo tempo, a Argentina voltou a impor um ritmo forte no ataque e colocou uma bola na trave aos 9, quando Higuaín driblou o zagueiro Kompany entre as pernas e finalizou. Precisando da vitória, o técnico belga Marc Wilmots mudou o time, colocando o meia Mertens e o atacante Lukaku (herói da classificação contra os Estados Unidos) no jogo, para dar mais qualidade ao ataque.
Os Diabos Vermelhos tiveram mais volume no ataque e o meia Fellaini foi deslocado para dentro da área, tentando aproveitar a sua alta estatura para cabecear ao gol, mas os erros de finalização belga persistiram. Sem pressa, a Argentina recuou seu time e se limitou a defender, esperando o tempo passar. O time de Sabella quase marcou o segundo gol com Messi aos 48', mas o goleiro Courtois saiu do gol e fez grande defesa.
Quando o juiz apitou o fim do jogo, a barulhenta torcida argentina nas arquibancadas do Mané Garrincha comemorou a classificação para as semifinais, encerrando um jejum de 24 anos.
Argentina 1 x 0 Bélgica
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