Lavezzi (à frente no grupo) e Higuaín (à esq.) brigam por uma vaga no ataque| Foto: Abedin Taherkenareh/EFE

Dúvida

Técnico ainda não definiu entre Higuaín e Lavezzi

Agência Estado

O técnico Alejandro Sabella ainda não definiu a escalação da Argentina contra a estreante Bósnia, hoje, às 19 horas, no Maracanã. "Temos algumas dúvidas táticas e físicas. Precisamos avaliar quais jogadores vão suportar os 90 minutos. Além disso, também escondemos alguma coisa", confessou.

A dúvida principal é o ataque: Higuaín ou Lavezzi. Higuaín é o titular, mas está sem ritmo de jogo porque estava se recuperando de uma lesão no tornozelo esquerdo. Ele treinou nos últimos dias, mas ficou fora dos amistosos contra Trinidad & Tobago e Eslovênia. Enquanto isso, Lavezzi, seu reserva imediato, não agradou nos treinamentos, pois o time ficou sem uma referência na área.

Para resolver esse problema, Sabella chegou a ensaiar uma formação com três zagueiros, tirando um atacante, exatamente Lavezzi, para escalar Campagnaro. "A quantidade de atacantes é relativa. Às vezes, escalamos quatro atacantes, mas temos problemas para recompor quando perdemos a bola. Em outros momentos, temos três atacantes, mas conseguimos atacar bem. Mais importante do que a quantidade é a qualidade dos jogadores e o fato de ocupar bem os espaços", afirmou o treinador.

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O jogo entre Argentina e Bósnia, no Maracanã, hoje, às 19 horas, representa o primeiro grande teste para a segurança da Copa do Mundo. As preocupações são a possibilidade de protestos e, especialmente, a ação dos barra-bravas, como são chamados os torcedores violentos argentinos.

Confira as escalações de Argentina e Bósnia

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Um megaesquema foi montado para evitar confusões. Entre policiais militares, civis, federais, guardas municipais, bombeiros e Força Nacional, 3.500 agentes vão trabalhar dentro e no entorno da praça esportiva.

Cenário típico dos clássicos pelo Brasil, tensão incomum em partidas do Mundial, normalmente frequentado por famílias e com a convivência pacífica entre os torcedores das mais diversas nacionalidades.

O temor com os barra-bravas fez o departamento de segurança do Comitê Organizador Local (COL) "importar" policiais argentinos. Oficiais do país vizinho, fardados, também vão trabalhar no Maracanã. A ideia é facilitar a identificação de membros e líderes das facções dos clubes.

Antes do início do torneio, representantes da Interpol (organização internacional de polícia) no Brasil receberam das autoridades argentinas uma lista com dados de 2.100 homens considerados perigosos. Eles serão barrados pela Polícia Federal caso tentem ingressar no Brasil.

Até ontem, três já haviam sido obrigados a voltar para casa. Raul Daniel Attardo foi impedido no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Leonel Edgardo e Ariel Adrián Abolio tiveram de dar meia-volta na fronteira de seu país com Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.

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A expectativa é de que 100 mil argentinos venham acompanhar a Alviceleste. Foram adquiridos 61 mil ingressos na terra de Lionel Messi, terceira maior marca da Copa, atrás apenas dos Estados Unidos e dos donos da casa.

Ontem, camisas azuis e brancas coloriram a praia de Copacabana e chegaram a fechar a Avenida Atlântica. É enorme a ansiedade pela largada diante da Bósnia, um adversário que estreia na competição. Ainda mais pelo local do confronto, o Maracanã, estádio histórico e palco da decisão no dia 13 de julho.

Não bastasse a apreensão com a violência nas arquibancadas, há o receio pela aparição dos black blocs e tumultos em caso de manifestações políticas. O foco de vigilância estará nas estações de metrô. Cerca de 80% dos torcedores deve utilizar o transporte público hoje.

"Quando a gente fala em dar mais segurança, falamos até em medidas de busca pessoal se for necessário. Alguém pode estar trazendo consigo um objeto que possa ser utilizado de forma hostil contra as forças policiais. Será abordado. A PM estará dentro das estações", disse o coronel Marcelo Rocha, coordenador do Planejamento Estratégico da Polícia Militar do Rio.

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