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Luiz Felipe Scolari promete não moldar a seleção ao estilo de jogo italiano | Mowa Press
Luiz Felipe Scolari promete não moldar a seleção ao estilo de jogo italiano| Foto: Mowa Press

A seleção brasileira perdeu ontem o quarto jogador convocado por Luiz Felipe Scolari para os amistosos contra Itália e Rússia. O zagueiro Dedé foi cortado após sentir-se mal e ser avaliado em uma clínica de Genebra, na Suíça. Segundo o médico da seleção, José Luís Runco, ele pode ter um quadro infeccioso ou então viral. Antes de Dedé, Felipão havia perdido Lucas, do Paris Saint-Germain, substituído pelo são-paulino Osvaldo; Paulinho, do Corinthians; e Ramires, do Chelsea. Todos lesionados.

Adversário

Raio atinge avião e apavora italianos na chegada a Genebra

Agência Estado

A delegação da Itália levou um grande susto durante o curto voo que a levou, ontem, de Florença para Genebra, na Suíça. O avião foi atingido por um raio quando estava em processo de descida para o pouso e muita gente ficou apavorada com o estrondo metálico causado pelo impacto na fuselagem e com o clarão que iluminou o interior da aeronave.

A viagem começou às 17h28 (horário italiano) e deveria durar 50 minutos (acabou durando 1h06). Pouco depois de entrar no espaço aéreo suíço, o comandante avisou que atravessariam uma área de turbulência com ventos de até 150 km/h. O avião balançou, mas logo tudo voltou ao normal.

Quando todos estavam tranquilos à espera do pouso, veio o susto. O raio atingiu o lado esquerdo da fuselagem, perto da cauda. "Desafio qualquer um que estava no avião a dizer que não sentiu medo", disse o técnico Cesare Prandelli. Uma das aeromoças disse que, em 24 anos de carreira, foi apenas a segunda vez que viveu essa experiência. A primeira providência que vários jornalistas tomaram ao pisar em terra firme foi comprar passagem para voltar de trem.

Em relação ao time, Prandelli estuda uma troca: Giaccherini no lugar de Montolivo. Ele está propenso a escalar o meia da Juventus por considerá-lo mais agressivo do que Montolivo. Sua intenção é atacar. "Vamos enfrentar uma equipe de qualidade impressionante. O Brasil é favorito, mas temos condição de colocá-lo em dificuldade".

O volante Pirlo considera o jogo importante para avaliar o nível da equipe. "Jogar contra o Brasil é sempre especial. Eles são muito fortes e por isso será um ótimo teste para avaliarmos a nossa equipe".

Está na hora de começar a jogar um bom futebol. Mas, acima de tudo, é hora de vencer. É com esse espírito que a seleção brasileira enfrenta hoje a Itália, às 16h30 (de Brasília), no Stade de Genève, em Genebra, na Suíça.

A partida será a segunda sob o comando de Luiz Felipe Scolari, que colocou Kaká no banco, armou a equipe com três atacantes – Hulk, Fred e Neymar –, escalou Fernando e Hernanes como volantes e na zaga parece ter preferido Dante ao lado de David Luiz, embora Thiago Silva não esteja descartado.

Felipão reestreou em fevereiro na derrota por 2 a 1 para a Inglaterra, no estádio de Wembley, em Londres. E sabe que um bom resultado nesta quinta começará a dar à seleção a confiança e a tranquilidade esperadas para que o time chegue bem à Copa das Confederações. Este é o penúltimo jogo da equipe com força máxima antes da convocação para o evento-teste da Fifa.

"Eu tenho passado aos jogadores que também é importante o resultado porque precisamos começar a ter, no Brasil, um pouco mais de força, crédito e confiança [da torcida]", disse Felipão, antes do último treino. "Para isso, precisamos ter vitórias. No momento que dermos o primeiro passo e depois o segundo, eu tenho certeza de que todos no Brasil vão nos olhar de jeito diferente".

A contrapartida é que um novo tropeço fará crescerem a desconfiança e a pressão. Algo que não intimida o treinador. "Podem cobrar resultado sempre porque quem trabalha na seleção tem de ser cobrado, independentemente das dificuldades", admitiu.

Por enquanto, porém, o comandante do penta não definiu o modo de jogo definitivo da seleção. A Copa das Con­­federações é o prazo para essa "batida de mar­­telo". "Aí, sim, poderei definir o estilo em que vamos jogar", resu­­miu. Antes, todas as peças serão testadas.

Mesmo precisando vencer e observando candidatos a uma vaga na seleção, Felipão não abre mão de dar características próprias ao time, independentemente do oponente. "Não vou jogar de acordo com o formato da seleção italiana e sim dentro daquilo que tenho de tentar para o meu time", garantiu, sobre a escalação de três atacantes, além de usar volantes que dão mais proteção à zaga.

Essa formação será a "cara" da seleção, de acordo com o próprio treinador. "É uma situação quase definida, com alguma variação durante o jogo, se for possível". O esquema com três zagueiros pode ser uma dessas variações.

Em teste, Kaká ficará no banco de reservas. Se der, en­­tra nesta quinta. Caso contrá­­rio, pega a Rússia, na terça-feira. Em compensação, Felipão não tem dúvidas sobre Fernando, do Grêmio. "Ele seria titular contra a Itália mesmo que os outros [Paulinho e Ramires] não tivessem se contundido".

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