Willian
Durante a Copa, o meia Willian, atualmente no Chelsea, espera obter o mesmo reconhecimento do amigo David Luiz. Negociado pelo Corinthians com o Shakhtar Donetsk com apenas 18 anos, em 2007, o atleta mal atuou no Brasil. "Ir para a Ucrânia foi um aprendizado. Se eu dissesse que era um sonho jogar lá, vou mentir. Era a oferta que tinha e aceitei. Não me arrependo", relembra.
A bola salva quase em cima da linha, quando o Brasil vencia a Espanha por 1 a 0, na conquista da Copa das Confederações (3 a 0), redesenhou a imagem de David Luiz. Coadjuvante até aquela tarde no Maracanã, em junho do ano passado, o zagueiro tornou-se fenômeno de popularidade.
Carismático e extravagante a farta cabeleira e as caretas são marcas pessoais , o paulista passou a ser visto ainda como um exemplo de superação. E com o status renovado, está lucrando como nunca. "Construí minha carreira na Europa, já são quase 9 anos, mas o sonho de jogar na seleção sempre existiu. Ter o reconhecimento profissional e pessoal é muito importante. Sinto esse carinho e isso me fez realizado", comenta David Luiz, de 27 anos.
Na semana passada, pouco antes da apresentação na Granja Comary para a preparação para a Copa, o staff do atleta fechou a maior negociação de um defensor na história do futebol. O Paris Saint-Germain topou desembolsar, especula-se, R$ 186,5 milhões para tirá-lo do Chelsea.
O cabeludo vai atuar ao lado de Thiago Silva, companheiro de seleção. Capitão do Brasil, o camisa 3 era o primeiro no ranking das transferências de zagueiros. Em 2012, os parisienses pagaram o que hoje corresponderia a R$ 131 milhões para contratá-lo do Milan. Protegendo o Brasil, uma dupla de R$ 317,5 milhões. "O mundo está ficando caro, não só o futebol. Quando mencionam meu nome e do Thiago entre os melhores do mundo, sabemos que se manter é mais difícil. E que se não corremos não vale nada", afirma David.
O jogador também virou queridinho do mercado publicitário nas ações para o torneio em solo brasileiro. Nike, TAM, Vivo, Pepsi e Unimed Seguros apostaram no camisa 4 para alavancar as vendas. Os contratos não são revelados, mas rendem ao atleta cerca de R$ 1 milhão por campanha.
"O David Luiz representa a segurança da nossa seleção. É um atleta que tem extrema afinidade com a marca da nossa empresa, que tem como proposta de valor a segurança das pessoas", comenta Henrique João Dias, superintendente de marketing da Unimed Seguros.
Além de emprestar a imagem, o zagueiro arrasta um contingente gigantesco de fãs para engrossar a audiência dos parceiros. O beque ostenta 11,7 milhões de seguidores nas redes sociais, somando Facebook, Twitter e Instagram. Perde somente para o popstar Neymar, com 37,7 milhões.
Tanto assédio não o incomoda. Dos 23 selecionados pelo técnico Luiz Felipe Scolari, David Luiz é o mais atencioso com os fãs. Demonstra paciência inesgotável para atender os pedidos de fotos e autógrafos. "Eu sabia que poderia acontecer isso quando escolhi ser jogador de futebol. Vou reclamar do quê?", resume.
Ascensão vertiginosa com o público local que o defensor espera curtir e consolidar, quem sabe, com o hexa mundial. "O sonho está aí para ser vivido. Chegou o momento."
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