Arroz e feijão será a base da dieta dos jogadores brasileiros durante a Copa| Foto: Flickr Creative Commons / cookbookman17

Nada de pratos sofisticados ou pedidos inusitados. Arroz, feijão e bife costuma ser o cardápio preferido entre os jogadores da seleção brasileira, de acordo com Silvia Ferreira, nutricionista da equipe nacional desde 2001.

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"Eles estão atrás do sabor de casa. Na maioria das vezes, jogam fora há anos e sentem saudade dos hábitos brasileiros, da comida daqui", disse nesta terça-feira (6) Silvia, durante evento de uma das patrocinadoras da seleção.

A partir do dia 26 de maio, quando ficarão concentrados na Granja Comary, os atletas passarão a seguir uma dieta especial, na qual o consumo médio de calorias diárias varia de 3000 a 4000 kcal - quase o dobro da recomendação para um adulto normal (entre 2000 a 2500 kcal/dia).

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Isso porque, segundo a nutricionista, o gasto energético dos jogadores, que, geralmente, treinam em dois períodos, é muito elevado: um atleta que pesa 75 kg gasta em torno de 1200 a 1400 kcal só durante a atividade física.

No período da Copa, os três primeiros dias da concentração são dedicados a exames médicos, físicos e clínicos. Conforme os resultados obtidos nesses exames, é elaborado um cardápio generalizado, voltado às necessidades do grupo.

"Se alguém precisar de um trabalho individualizado, como para ganho de massa muscular, por exemplo, a gente vai incrementar um certo tipo de alimentação", explicou Sílvia. "Ou restringir, se for o caso."

Embora o consumo de doces, gorduras e frituras seja limitado, não existem "alimentos proibidos" na concentração. Bife à milanesa ou batata frita podem até servir de "recompensa" aos jogadores depois de uma partida difícil.

"Dentro de uma alimentação equilibrada, balanceada, a gente pode oferecer de tudo, desde que no momento certo. É possível permitir esses prazeres", acrescentou.

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Campeã com a seleção em 2002, Silvia comemora o fato de a Copa-2014 ser realizada no Brasil. Ela contou que, na bagagem da equipe que viajou para o Japão e para a Coreia do Sul, havia goiabada, feijão e farinha -uma tentativa de minimizar as diferenças alimentares."A preocupação era tornar o ambiente o mais domiciliar possível. Aqui vai ser muito mais fácil."