Carlos Alberto Torres inaugurou exposição em Curitiba e falou sobre o fantasma de 1950| Foto: Henry Milléo / Gazeta do Povo

O fato de o Brasil ter fracassado na Copa de 1950, também disputada em território nacional, não pode fazer com que a pressão aumente em cima dos jogadores que disputarão o Mundial a partir de junho deste ano. O alerta é do capitão do tricampeonato de 1970, Carlos Alberto Torres, que esteve em Curitiba nesta terça-feira, ao lado dos também campeões mundiais Clodoaldo e Cafu, na abertura da exposição "Brasil um país do Mundo", que fica até 3 de fevereiro Memorial de Curitiba, no bairro São Francisco.

CARREGANDO :)

"Não vamos pressionar a garotada. Essa pressão de tem que ganhar, tem que ganhar, isso só vai atrapalhar", diz o autor do último gol da vitória brasileira sobre a Itália na final de 1970. Ele mesmo conta que o fantasma de 1950 já influenciou negativamente aquele time, considerado um dos melhores de todos os tempos.

"Em 1970, nos dias que antecederam Brasil e Uruguai, na semifinal, os brasileiros todos que estavam lá no México torcendo pela seleção iam no hotel falar de 1950. E aquilo mexeu com o nosso time. Tanto que o nosso primeiro tempo foi terrível", lembra Torres. "Agora você imagina se a gente ficar falando de 50 agora", acrescenta.

Publicidade

O capitão do tri ainda pede para que seja amenizado o clima de favoritismo brasileiro, reforçado após a vitória da Copa das Confederações. "Se ficarem com essa coisa de que já ganhamos, do jeito que eu estou vendo, isso pode prejudicar a nossa seleção. Temos que estar concentrados e preparados para chegar na final", resume.

Atrações

Na exposição que estará aberta ao público a partir de quarta-feira (8) no Memorial, com entrada franca, há camisas usadas por jogadores da seleção em diversas Copa do Mundo, como a de Cafu na final de 2002 e a de Tostão na final de 1970. Chuteiras e bolas antigas, além de camisas de clubes paranaenses, como Paraná, Atlético, Coritiba e Londrina, também fazem parte da exposição.