Felipão deu chance a sete reservas, mas não deve ter se empolgado com o que viu nesta terça-feira, no Estádio Ninho de Pássaro, em Pequim (China). Lucas e Alexandre Pato foram figuras nulas em campo, enquanto Diego Cavalieri, Lucas Leiva e Dedé tiveram pouco trabalho na vitória por 2 a 0 sobre a Zâmbia.
O zagueiro deixou a marca dele, mas o grande nome do jogo foi mais uma vez Neymar, exatamente quem não precisava provar nada a Scolari. Depois de um primeiro tempo fraco, a equipe só melhorou com as entradas de Oscar, Jô e Hulk. Bernard, já nos minutos finais, também honrou a oportunidade.
A seleção brasileira ainda faz três amistosos antes da convocação para a Copa do Mundo. Em novembro, joga dia 16 em Miami (EUA) e dia 19 em Toronto (Canadá). Os adversários desses jogos inicialmente serão Honduras e Rússia, mas as duas equipes antes precisam confirmar a vaga na Copa, o que são favoritas a fazer ainda nesta terça. Caso tenham que jogar a repescagem, nas mesmas datas, precisarão ser substituídas nos amistosos. Depois, em março do ano que vem, em Johannesburgo, o Brasil pega a África do Sul.
O jogo
Pelos primeiros minutos de bola rolando na Zâmbia a impressão era de que a seleção repetiria a boa atuação que teve contra a Austrália, quando os reservas aproveitaram a chance que tiveram e golearam por 6 a 0, em setembro, em Brasília. Logo com 2 minutos, Neymar sofreu a primeira falta. Ele mesmo cobrou no ângulo, o goleiro foi com a mão mole e a bola acertou o travessão.
Na segunda boa oportunidade, Pato foi travado, Daniel Alves pegou o rebote e chutou por cima. O corintiano voltou a ter chance numa reposição errada de Mweene. Pato tentou de cobertura mas mandou para longe. Pior faria Ramires, que recebeu cara a cara com o goleiro, depois de boa tabela com Neymar, mas pegou torto na bola, para fora.
A seleção, porém, sentia falta de duas peças: um armador (Ramires e Paulinho se revezavam, sem o mesmo talento de Oscar) e um atacante pela direita (Lucas, mesmo voluntarioso, agregava pouco). Neymar jogava sozinho e, aos 43 minutos, obrigou o goleiro de Zâmbia a trabalhar, num chute de longe.
Felipão reconheceu a atuação ruim e mudou o ataque no intervalo. Saíram Ramires, Lucas e Alexandre Pato para as entradas de Oscar Hulk e Jô. Quem precisava mostrar serviço não mostrou.
Com a nova formação, o Brasil voltou a jogar futebol eficiente. Teve chance em falta de David Luiz e em chute colocado de Daniel Alves, mas nas duas Mweene pegou. O goleiro só não teve o que fazer quando Oscar chutou de longe, a bola desviou no marcador e encobriu Mweene para abrir o placar.
O gol motivou a seleção, que manteve a pressão. Oscar acertou a trave aos 14. No minuto seguinte, Paulinho arriscou de longe e assustou Mweene. Mas o segundo gol veio da cabeça de Dedé. Aos 20, após cobrança de falta de Neymar na área, o zagueiro subiu sozinho para marcar pela primeira vez com a camisa do Brasil.
Quando o jogo voltou a esfriar, Bernard entrou com sua "alegria nas pernas" e passou a infernizar a zaga africana. Foi o ex-atleticano, que parece garantido na Copa, que criou boa chance para Oscar, mas o meia mandou em cima de Mweene.
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