Sete títulos mundiais em campo, as arquibancadas do Maracanã tingidas de verde e amarelo, azul e branco, Neymar de um lado, Lionel Messi do outro. O sonho da seleção brasileira é encarar a Argentina na final da Copa do Mundo de 2014.
Luiz Felipe Scolari foi o primeiro a revelar o desejo pela disputa do clássico no dia 13 de julho. "A final que imaginamos seria Brasil e Argentina. Tomara que seja uma final sul-americana", manifestou o treinador, cinco dias atrás.
Ontem foi Daniel Alves. "Se eu pudesse escolher seria um Brasil e Argentina. Pelo clássico que é. Pela história das duas seleções. Ganhar uma Copa do Mundo de um rival de tanta expressão seria muito especial", reforçou o lateral-direito.
Os bicampeões mundiais (1978 e 86) desembarcaram ontem à noite, em Belo Horizonte. Hoje o time do técnico Alejandro Sabella inicia a preparação na Cidade do Galo, em Belo Horizonte.
Os rivais não falaram ainda sobre quem gostariam de encontrar numa finalíssima, mas nos bastidores a confiança é grande. Uma faixa com os dizeres "Bienvenidos futuros campeones" chegou a ser pendurada na entrada da concentração. O coordenador da AFA (Associação de Futebol Argentino), Carlos Billardo, não gostou da ideia de um secretário da entidade e mandou retirar.
Além de frear o otimismo, os jogadores foram instruídos a tratar com respeito o oponente histórico. Ações foram programadas para aproximar os torcedores locais, especialmente os anfitriões mineiros. Amanhã está marcado um treino aberto com 4 mil ingressos disponíveis. A estreia da Alviceleste é no domingo, contra a Bósnia Herzegovina, no Rio de Janeiro.
"Sentir que estamos perto e somos um pouco locais, é aparente", comentou Sabella à Agência EFE.
Para o confronto ocorrer na decisão, os dois times precisam se classificar na mesma colocação na primeira fase ambos em primeiro ou em segundo. Se um avançar na liderança e outro como vice, o embate pode ser antecipado.
O retrospecto no torneio aponta duas vitórias para os brasileiros (1974 e 82), um empate (78) e uma derrota (90). No entanto, o único revés representou a eliminação nas oitavas de final na Itália. Os comandados de Sebastião Lazaroni foram batidos por 1 a 0, em lance individual de Diego Maradona finalizado por Caniggia.
Foi o último duelo pela competição, marcado por polêmica. Quatorze anos depois, Maradona confessou que a água que o lateral-esquerdo Branco tomou, oferecida pelos adversários, estava "batizada" com sonífero. De acordo com El Diez, armação planejada por Billardo, que negou posteriormente.
"Imagina se depois desse jogo me convocam para um exame antidoping? O que teria sido de mim? Como teria explicado a presença dessa substância em meu organismo?", comentou Branco, quando da divulgação da trapaça.
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