Memória
Na primeira convocação de Felipão, em 2001, apenas 9 foram à Copa
A primeira convocação de Luiz Felipe Scolari como técnico da seleção brasileira foi há 12 anos, em 13 de junho de 2001, para formar a equipe que enfrentaria o Uruguai, em Montevidéu, pelas Eliminatórias da Copa de 2002. O Brasil perdeu aquela partida por 1 a 0. O treinador substituiu Emerson Leão com a missão de classificar o cambaleante Brasil para o Mundial.
Entre os chamados, apenas nove seriam pentacampeões no Japão e na Coreia do Sul Marcos, Cafu e Roberto Carlos entre eles. Gente como Antônio Carlos, Serginho, Fábio Rochemback, Romário, Jardel e os paranaenses Alex e Élber foi limada no caminho.
R$ 130 mil de salário é o montante que Ricardo Teixeira recebe, a título de consultoria, da CBF. O atual presidente da entidade, José Maria Marín, disse ontem que deve suspender a gratificação. Segundo ele, "a consultoria de Ricardo Teixeira deverá chegar ao final em março". "Mas pode ser até antes", afirmou Marín.
Mais velha e mais barata. Essa é a melhor definição para a primeira versão da seleção brasileira de Luiz Felipe Scolari, convocada ontem, em um hotel do Rio de Janeiro. O grupo atual, quase quatro anos mais "experiente" do que o último elenco chamado por Mano Menezes, em maio, antes dos Jogos de Londres, perdeu 7,4% do valor de mercado segundo a Pluri Consultoria. Caiu de R$ 1,2 bilhão para R$ 988 milhões.
A volta dos veteranos Ronaldinho Gaúcho, 32 anos, Júlio César, 33, e Luís Fabiano, 32, todos com ao menos um Mundial no currículo, foram as principais novidades na lista de Felipão para o amistoso contra a Inglaterra, no Estádio de Wembley (Londres), em 6 de fevereiro. Por serem "trintões", perderam valor econômico. Juntos, somariam R$ 26,3 milhões em uma possível negociação, cinco vezes menos do que Neymar, 20 anos, valeria sozinho (R$149,6 milhões).
O valor médio de cada um dos 20 jogadores chamados por Scolari é estimado em R$ 49,5 milhões. Para a série de amistosos contra Dinamarca, Estados Unidos, México e Argentina, no meio do ano passado, Mano chamou 23 atletas com média de idade de 23 anos e um valor de mercado total de R$ 1,2 bilhão (média de R$ 53,3 milhões por jogador). "Muitas vezes, um jogador extremamente técnico pode ser substituído por um extremamente útil", resumiu Felipão, fiel ao seu estilo "carregador de piano".
"Essa desvalorização acontece também porque jogadores como Marcelo [lateral do Real Madrid, R$ 93,8 milhões] e Thiago Silva [zagueiro do PSG, lesionado, R$ 110,2 milhões], que estavam na equipe do Mano, não foram chamados. A volta de Ramires [R$ 87 milhões] e de Hernanes [R$60,9] não foi suficiente para equilibrar", explica o diretor da Pluri Consultoria, Fernando Ferreira.
Com o pouco tempo para preparar o time para Copa das Confederações, a partir de 15 de junho, Felipão já indicava a aposta na experiência.
A presença de Júlio César foi a mais surpreendente. O goleiro perdeu espaço após falhar na Copa de 2010 e trocar a badalada Inter de Milão pelo modesto Queens Park Rangers, lanterna do Campeonato Inglês.
"É uma seleção estranha. Se os experientes vieram para dar mais segurança, não se justifica o Luís Fabiano. Ele é de altíssimo risco", comenta Ferreira. Da base de Mano, Felipão manteve Neymar, Daniel Alves, David Luiz, Lucas, Oscar e Hulk.
O esquema também deve ser trocado. Com o ex-treinador, a seleção vinha jogando sem um camisa 9 de referência quatro jogadores se revezavam no ataque. Já Scolari prefere ter um atacante fixo. "Não posso falar porque ainda não joguei. Meu time não foi testado", resume o técnico.
Os novatos são o zagueiro Dante (Bayern de Munique) e o lateral-esquerdo Filipe Luis, do Atlético de Madri.
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