O ex-jogador alemão Lothar Matthäus,campeão do mundo em 1990 e vice-campeão em 1986, assegurou neste domingo (13) que o Brasil não fez uma partida boa na Copa do Mundo e lamentou que os jogadores brasileiros tenham o costume de chorar tão frequentemente.
"Não compreendo por que um jogador de futebol chora. Os brasileiros sempre choram. Toca seu hino, choram; eliminam o Chile, choram; perdem para a Alemanha, choram. Têm que mostrar que são homens, que são fortes. Nunca vi nada tão nefasto como a linguagem corporal dessa equipe", comentou o ex-jogador em uma entrevista publicada pela revista "Le Journal du Dimanche".
O ex meio-campo do Bayern de Munique e da Inter de Milão -- e que chegou a ter passagem pelo país, treinando o Atlético -- se mostrou muito duro em suas declarações com a atuação do Brasil na semifinal contra seu país, na qual perdeu por um histórico 7 a 1.
"Tinham medo (...). O que é isso da camisa de Neymar? França perdeu Ribéry e não ouvimos nada. O mesmo com a Colômbia e Falcao, ou a Alemanha com Reus. Em lugar de choramingar, os brasileiros teriam que ter demonstrado que podiam fazê-lo sem ele", disse.
"Sua ausência era sua única preocupação antes da semifinal. Me surpreendeu. Neymar não está morto, que eu saiba. Está lesionado de maneira feia e sinto muito por isso, mas uma equipe tem que ser mais forte que um jogador", acrescentou Matthäus, de 53 anos.
Em relação ao resultado dessa semifinal, o ex-centrocampista alemão disse ter se surpreendido pelo número de gols que o Brasil levou e lembrou que "é preciso duas equipes para uma atuação assim: uma muito boa e uma muito ruim".
"Havia um verdadeiro perigo psicológico para os brasileiros, a sobrecarga de emoções. Pagaram por isso. Não fizeram uma partida boa em todo o Mundial, salvo 30 minutos contra a Colômbia nas quartas de final", acrescentou Matthäus.
Ele ressaltou, além disso, que ao longo do torneio os brasileiros "tiveram sorte com a arbitragem, sorte contra o Chile... não é o Brasil iluminado que gostamos de ver".
Em relação a seu país, assegurou que a seleção alemã tem grandes chances de levantar esta noite o título de campeã do mundo. "Talvez não tenhamos jogadores tão brilhantes como Messi ou Neymar, mas temos uma equipe que desenvolveu um estilo diferente, mais técnico, que o da Alemanha de há trinta anos. Nos damos conta de que o futebol alemão é agradável", concluiu.
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