Pelé aprovou a convocação dos 23 jogadores que vão defender o Brasil na Copa do Mundo. Fez elogios a lista apresentada pelo técnico Luiz Felipe Scolari e disse que vê o time favorito ao título.

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Mas, para o Rei do Futebol, faltou apenas um jogador mais experiente do meio para o ataque para deixar a equipe ao seu gosto. "Não teve muita novidade na lista. O Felipão foi coerente. Não teve surpresa. Fiquei surpreso com [a ausência do] Robinho e do Kaká. Talvez pudessem ser convocados para estar com o grupo", disse Pelé. "Mas não tiraria nenhum dos 23. Faria uma lista com 25. Quer dizer, 24. Ou Robinho ou Kaká", explicou pouco depois.

Apesar de defender a convocação de Robinho, Pelé admitiu que o atacante do Milan não vive um bom momento na atual temporada e que não se transformou no jogador que todos esperavam quando ele surgiu no Santos, em 2002.

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"Na seleção, o Robinho sempre foi muito bem. Mas se esperava muito mais dele. Talvez pelo nível do futebol europeu ele não conseguiu ser o mesmo jogador do Santos. Nesse sentido, foi uma surpresa negativa na Europa. Pensávamos que ele iria render muito mais. Mas ainda é um jogador que serve qualquer seleção."

O Rei do Futebol também foi questionado se a seleção da Copa-2014 não carece de jogadores mais experientes, especialmente no ataque, mas ele não concordou. Disse que são jogadores acostumados a grandes partidas e com bagagem pelo futebol europeu.

"Para mim [ter um time mais experiente] fez diferença [em 1958]. Mas o futebol hoje é muito diferente. Hoje tudo no futebol é tão visto, tão unificado, que não há surpresa. Não tem jogo fácil. Todos jogadores ou quase todos atuam na Europa. Todos os técnicos que vão estar na Copa do Mundo se conhecem. Isso deixa tudo muito nivelado.""Quando tem jogador experiente no time é bom porque durante o jogo eles acalmam o time. Na minha época tinham Didi, Nilton Santos, Bellini. Tinham experiência e comandavam a equipe. A seleção hoje tem vários jogadores que podem fazer isso mesmo não sendo experientes em Copa", acrescentou.

Pelé também destacou que é a primeira vez que observa a seleção brasileira chegar para a disputa de uma Copa sem ter um ataque como ponto mais forte. Elegeu a defesa, com os zagueiros Thiago Silva, Dante David Luiz, como a referência da seleção.

Ao apostar os confrontos mais difíceis, repetiu o que já tem falado: Alemanha, Argentina e Espanha. E falou sobre a possibilidade de jogar contra o Uruguai na final. "Seria a chance de haver uma revanche por 1950, quando meu pai chorou a perda do título."

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