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 | Hugo Harada/Gazeta do Povo
| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Em meio aos protestos na cidade de São Paulo na manhã desta sexta-feira (6), o Comitê Popular da Copa, grupo que debate os impactos do Mundial em suas cidades-sede, se reuniu em frente ao prédio do presidente da CBF, José Maria Marin, na região dos Jardins. O ato, intitulado de "Escracho", lembrou os nove trabalhadores mortos nas obras dos estádios e os moradores removidos pelas exigências da Fifa.

Organizado sem divulgação, o protesto contou com intervenções de teatro e um enterro simbólico das vítimas. "Não divulgamos para poder realizar tudo sem um aparato policial impedindo. Nos encontramos na região da Avenida Paulista por volta das 9 da manhã caminhamos até o prédio do Marin, que fica em um condomínio muito luxuoso", diz Marina Mattar, estudante e membro do Comitê.

Marina explicou o objetivo da manifestação e os próximos planos do grupo. "Preparamos uma intervenção lúdica, como já vem sendo feito por outros grupos. Fomos fazer o enterro dos operários mortos. As famílias continuam sem indenização, as construtoras continuam sem se responsabilizar e o governo não fez nada sobre a situação", afirmou.

O grupo entoou coros contra o ex-presidente da CBF e atual dirigente do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo. A ação durou cerca de 30 minutos e, segundo Marina, a polícia chegou minutos após o fim da intervenção, quando o grupo já tinha ido embora.

O Comitê organiza uma série de eventos para a próxima semana, e deve contar com estudantes, membros de movimentos sociais e pesquisadores para debater as remoções, mortes, indenizações para vítimas e a conduta do governo com manifestantes durante a organização do Mundial do Brasil.

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