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Dante em jogo-treino contra o time sub-20 do Fluminense. Jogador tem história na Alemanha | Hugo Harada
Dante em jogo-treino contra o time sub-20 do Fluminense. Jogador tem história na Alemanha| Foto: Hugo Harada

Neymar

Jogador nega tratamento alternativo e CBF descarta usá-lo em possível final

A possibilidade de Neymar jogar a decisão da Copa, dia 13, caso a seleção passe pela Alemanha, não passa de especulação, garante o jogador e a CBF. Apesar das dores terem diminuído, o atacante não recorreu a nenhuma tratamento alternativo, de acordo com nota oficial divulgada no site oficial do atleta. Segundo o documento, atacante segue em repouso na sua casa do Guarujá e está se submetendo ao que foi recomendado pelo chefe do departamento médico da Confederação Brasileira de Futebol, José Luis Runco. Também em nota, a CBF vetou antecipar a volta do camisa 10.

O médico crê ser necessário entre três e seis semanas para a consolidação da lesão sofrida no triunfo sobre a Colômbia, 2 a 1, na sexta-feira, que fraturou a terceira vértebra da coluna.

O camisa 10 ainda negou que tenha procurado especialistas para saber se há algum medicamento que possa fazê-lo entrar em campo diante de Holanda ou Argentina, no Maracanã.

Enquanto isso, os jogadores da seleção brasileira afirmam já terem superado o trauma da contusão do craque. A reação do grupo era uma das principais preocupações do técnico Luiz Felipe Scolari para o confronto com a Alemanha.

"O Neymar era a nossa referência, ele chama a responsabilidade, decide jogos. Ficar sem ele é difícil, claro. Mas o nosso time tem ótimos jogadores. Estamos muito mais fortes para continuar com o nosso sonho", sentenciou o meia Willian.

Ontem, ao final da tarde, a seleção recebeu novamente a visita da psicóloga Regina Brandão – a terceira passagem dela pela Granja Comary ao longo do Mundial. A avaliação da profissional reforça o discurso dos atletas, de que o baque já foi assimilado.

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Caso não jogassem pela seleção brasileira, Dante e Luiz Gustavo poderiam estar do outro lado na semifinal de amanhã, às 17 horas, em Belo Horizonte. Forjados no futebol alemão, a dupla chegou a receber sondagens para defender o próximo adversário do Brasil na Copa do Mundo.

Sem acerto para integrar a Nationalelf, o zagueiro e o volante usam agora o conhecimento adquirido no país que os projetou para ajudar o técnico Luiz Felipe Scolari a montar a estratégia para o confronto no Mineirão. São espiões de luxo.

"Como nós conhecemos muito bem o estilo deles, como se comportam, como jogam, vamos procurar passar um pouco até sobre o que passa pela cabeça dos jogadores alemães", explica Dante, que deve ser o substituto de Thiago Silva, suspenso.

Atleta do Bayern de Mu­nique desde 2012, o camisa 13 é companheiro de seis dos titulares da Alemanha que venceu a França nas quartas de final: Neuer, Lahm, Boateng, Schweinsteiger, Kroos e Müller. Reserva, Gotze também pertence ao gigante alemão.

Luiz Gustavo também convivia com o grupo até ir para o Wolfsburg. Sem espaço no Bayern após a chegada do treinador espanhol Pep Guardiola, o paulista acatou a sugestão de Felipão para seguir jogando, já pensando no Mundial, mesmo numa equipe de menor expressão.

A "espionagem" dos dois aponta um rival estável. "Os alemães, não vou mentir, têm poucos defeitos. Psicologicamente, é um time muito bem equilibrado. Não tem somente um jogador que você possa ter atenção especial", analisa Dante.

"Eles jogam juntos e puderam dar uma descansada no fim da temporada [o Bayern de Munique foi campeão local com antecedência]. Temos de estudá-los bem, são habilidosos e com uma disposição tática invejável", complementa Luiz Gustavo, titular absoluto de Scolari.

A possibilidade de naturalizar-se alemão e jogar pela equipe nacional foi encarada de maneira distinta pelos dois. Sondado quando era do Borussia Möchengladbach, Dante não se empolgou.

"Não foi nada que me entusiasmasse. Achei melhor continuar o meu sonho de tentar a seleção brasileira do que interromper isso prematuramente", relembra o defensor, que pode fazer sua estreia no Mundial.

O volante Luiz Gustavo por pouco não "virou a casaca". Foi procurado em 2010, quando defendia o Hoffenheim – clube que abriu as portas do país para o marcador em 2007. A indicação de um amigo corrigiu o destino.

"Um amigo me indicou para o Sidnei [Lobo, então auxiliar-técnico de Mano Menezes na seleção] em 2010", revela camisa 17. Cerca de um ano mais tarde veio a primeira convocação para a seleção brasileira.

Apito

O árbitro mexicano Marco Rodríguez apitará a semifinal entre Brasil e Alemanha, amanhã, às 17 horas, em Belo Horizonte – será auxiliado por Marvin Torrentera e Marcos Quintero, também do México. Pastor evangélico, Rodríguez dirigiu a vitória da Itália sobre o Uruguai por 1 a 0 e não viu a mordida de Luis Suárez em Chiellini – mais tarde, o uruguaio seria punido pela Fifa. Ao término do duelo, os italianos reclamaram muito da arbitragem, especialmente pela expulsão de Marchisio, considerada injusta. O juiz também trabalhou na vitória da Bélgica sobre a Argélia, por 2 a 1. A Fifa definiu ainda os uniformes de brasileiros e alemães para o confronto no Mineirão. Os anfitriões vão atuar com a combinação principal: camisa amarela, calção azul e meiões brancos. Os adversários, por sua vez, vão atuar com o conjunto reserva, camisa com listras rubro-negras na horizontal, calção e meiões pretos.

Colaborou: Leonardo Mendes Júnior

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