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Jogadores da seleção serão monitorados nas redes sociais | Albari Rosa, enviado especial / Gazeta do Povo
Jogadores da seleção serão monitorados nas redes sociais| Foto: Albari Rosa, enviado especial / Gazeta do Povo

Copa do Mundo é tema proibido nas redes sociais dos jogadores da seleção. A CBF veta a divulgação de informações internas da comissão técnica e do departamento médico. A Fifa emitiu um comunicado às federações dizendo que qualquer ação envolvendo marcas concorrentes da entidade será enquadrada como marketing de emboscada. Resta aos atletas transformar seus perfis quase em coluna social eletrônica, com fotos ao lado dos companheiros ou famosos e "pensamentos do dia".

A política interna de redes sociais foi definida na segunda-feira à noite, em uma reunião entre jogadores e comissão técnica. Foi repetida a linha de ação da Copa das Confederações. Detalhes do trabalho de Luiz Felipe Scolari e informações sobre a condição clínica foram proibidas.

"Não pode publicar uma instrução que o Felipão deu, algo que ele disse internamente. No mais, pode tudo desde que com responsabilidade, e eles têm consciência disso", afirmou o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira.

A responsabilidade cobrada diz respeito diretamente a manifestações populares. Antes de tratar do tema em entrevista, os jogadores comentaram os protestos de junho do ano passado em seus perfis na internet. "Eles têm liberdade para comentar, deixo à vontade. E cada um assume o que escreve. É opinião pessoal, não da CBF", ressaltou o treinador.

A postura de "lavar as mãos" foi adotada pela entidade também com patrocinadores pessoais dos jogadores, mesmo aqueles que são concorrentes de parceiros da confederação. A abertura, porém, foi desfeita a partir de um comunicado da Fifa às seleções.

Nenhum jogador ou membro de comissão técnica pode usar, durante o Mundial, redes sociais para fazer merchandising de concorrentes dos patrocinadores oficiais. Medida que atinge diretamente Neymar (Claro, Guaraná Antarctica e Panasonic), Oscar (Samsung) e David Luiz (Pepsi, Unimed Seguros e Vivo), entre outros.

As empresas tinham o uso das redes sociais como parte da estratégia para a Copa. Al­­gumas chegam a pagar R$ 55 mil por um único tuíte de propaganda. A saída será concentrar as publicações no período de pré-Mundial.

A Fifa enquadrou o uso das mídias sociais para promover concorrentes como marketing de emboscada. A prática é considerada crime na Lei Geral da Copa, com multa ou prisão de três meses a um ano. Esportivamente, o jo­­gador pode ser suspenso do torneio. Para fugir dessa prática, a Sony, patrocinadora oficial, já havia decidido distribuir fones de ouvido para os jogadores usarem na chegada ao estádio.

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