Antes de a bola rolar, Luiz Felipe Scolari e Niko Kovac vão se cumprimentar, ritual respeitoso entre os técnicos. Depois, permanecerão lado a lado, à beira do gramado do Itaquerão, durante os mais de 90 minutos de Brasil e Croácia. Fica por aí a proximidade entre os dois treinadores da abertura da Copa do Mundo. Quando o assunto é salário e currículo a distância é imensa.
INFOGRÁFICO: Veja o salário dos 32 técnicos que disputam a Copa do Mundo
Dos 32 comandantes das seleções do torneio, o brasileiro é o quarto mais bem pago. Felipão recebe US$ 3,7 milhões por ano da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) valor equivalente a R$ 8,2 milhões de acordo com o câmbio de ontem.
Kovac está na parte oposta do ranking. O também ex-jogador tem o terceiro menor vencimento. Fatura US$ 259 mil da confederação croata - R$ 578 mil - por temporada.
Somados os ganhos de Kovac aos dos outros dois técnicos do grupo, Felipão ainda supera. Miguel Herrera, do México, embolsa a cada 12 meses US$ 200 mil (R$ 446 mil). Volker Finkel, de Camarões, US$ 376 mil (R$ 839 mil). No total: US$ 835 mil (R$ 1,8 milhão).
O gaúcho de Passo Fundo não é por acaso um dos marajás do torneio. Além dele, só o espanhol Vicente Del Bosque sabe o que é ser campeão mundial no cargo. Vitorioso em 2002 com o Brasil, Scolari também já liderou outro país na disputa, Portugal, em 2006. Levou os lusos até a semifinal na Alemanha, algo que não ocorria desde 1966.
Aos 65 anos, Felipão é igualmente bem sucedido dirigindo clubes, especialmente com Grêmio, Palmeiras e Cruzeiro. Venceu quatro vezes a Copa do Brasil, uma o Brasileiro e duas a Libertadores da América. Treinou ainda o inglês Chelsea.
Já são 32 anos no ramo. No entanto, Felipão garante não ter mudado nada. "Vocês já me conhecem. Sou o que sou desde que comecei a jogar futebol, em 1967, no Aymoré. Meus amigos continuam os de sempre. Minha forma de trabalhar pode ter modificado, mas o perfil não".
Adversário
Niko Kovac, por sua vez, não passa de um principiante na função. Aos 42 anos, alemão naturalizado croata, o ex-volante pendurou as chuteiras em 2009, no austríaco Red Bull Salzburg. Foi capitão da nação que adotou por anos e disputou as Copas de 2002 e 2006.
Começou na carreira de técnico apenas em janeiro do ano passado, dirigindo a seleção sub-21. Depois, em outubro, migrou para o conjunto principal. Está invicto, com três vitórias e dois empates.
"Com os jovens do sub-21 era mais fácil, pois eles estavam começando no futebol, ouviam tudo com muita atenção. Mas acredito que eu possa trazer experiência aos jogadores que nunca disputaram uma Copa do Mundo. Vai ser um grande passo na vida de todos", comenta Kovac, em entrevista ao site da Fifa.
Sobre o Brasil como anfitrião, o treinador não poderia estar mais animado. "Vai ser espetacular. Sempre é, mas será ainda mais num país louco por futebol. Ao mesmo tempo, será também uma grande e difícil tarefa. As pessoas na Croácia esperam muito de nós. E nós estamos muito confiantes".
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