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A Fifa telefonou para a CBF para explicar as declarações de seu chefe de segurança, Ralf Mutschke, dadas na última sexta-feira e que davam conta de que a partida entre Brasil e Camarões, marcada para esta segunda-feira, seria vulnerável a ação de grupos criminosos que estivessem tentando manipular o resultado do jogo para obter lucros em casas de apostas.

Na sexta-feira, a reportagem questionou o chefe de segurança da entidade durante uma coletiva de imprensa no Rio se ele considerava a partida entre as duas seleções como sendo de risco A resposta foi positiva e que seria um jogo de maior risco em comparação à abertura e ao encerramento da Copa. Em nenhum momento a Fifa indicou que existia uma investigação em relação ao confronto. Mas Mutschke deixou claro que era uma situação de "vulnerabilidade" e de "alto risco".

Camarões já está fora da Copa, seus jogadores vivem uma crise interna e houve uma séria disputa por conta do pagamento da premiação. O que a Fifa explicou para a CBF é que o chefe de segurança não estava falando apenas do jogo entre Brasil e Camarões, mas em relação a todos os jogos da última rodada da fase de grupos. Em pelo menos duas ocasiões, jornalistas brasileiros e estrangeiros que estavam na coletiva de imprensa questionaram Mutschke especificamente sobre o jogo da seleção, e não os demais confrontos da rodada derradeira da fase de grupos

A Fifa vem adotando uma postura de tolerância zero em relação à manipulação de resultados nos jogos e admitiu que, antes da Copa de 2010, amistosos foram alvo de grupos criminosos. Eles abordam jogadores e, em troca de dinheiro, pedem que um determinado resultado seja garantido. Uma vez estabelecido o placar, o grupo faz uma aposta volumosa e obtém lucros milionários. No caso de Camarões, o temor seria de uma goleada planejada. Mas a Fifa insiste que não existe uma investigação sobre a partida e nenhum indício por enquanto de que grupos estejam atuando nos bastidores durante este Mundial.

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