A prefeitura do Rio começou a rebocar, na manhã desta quinta-feira (19), as dezenas de carros e ônibus que estão estacionados de forma irregular ao longo dos 4 quilômetros da orla de Copacabana. Boa parte dos veículos no local pertence a chilenos e argentinos, que estão na cidade por causa da Copa do Mundo. Motoristas que perceberam a chegada da fiscalização conseguiram retirar os veículos às pressas, evitando o reboque.
Revoltados, chilenos que estavam instalados na área alegaram que pagaram para ficar estacionados na Avenida Atlântica. "Eu paguei R$ 200 para ficar aqui por cinco dias a um homem com a camisa escrita estacionamento. Perguntei a um policial e ele disse que não tinha problema. Agora, estão vindo nos retirar. Como um país que tem uma Copa não tem estacionamento para visitante?", perguntou o chileno Juan Carlos Ibacarte, que veio de Santiago para acompanhar a seleção de seu país.
Do outro lado da rua, a reportagem flagrou um homem sem uniforme da prefeitura, mas com tíquetes de estacionamento, num local em que estacionar é permitido. Ele cobrava R$ 20 para um grupo de chilenos em um motor-home, quando o valor correto a ser cobrado é de R$ 2. Questionado pela reportagem, o homem disse que trabalha para a prefeitura e justificou o preço abusivo com o fato de que os chilenos ficariam mais de um dia no local.
Os veículos dos chilenos e argentinos estão servindo de moradia para alguns torcedores. Eles dormem lá dentro, fazem refeições e mudam de roupa.
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