"Nós, a pequena Croácia, vamos tentar criar um milagre." O capitão Dario Srna dá a medida do tamanho da missão e da ambição croata para o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014, hoje, às 17 horas, contra o Brasil, na Arena Corinthians. Embora se declarem concorrentes de México e Camarões pela segunda vaga, os europeus depositam uma confiança enorme no seu potencial de causar uma surpresa já no primeiro jogo do torneio.
"É difícil jogar contra a Croácia. Não conheço muitas seleções que gostam de jogar como nós", disse o técnico Niko Kovac. "Tenho certeza de que o senhor Scolari está perdendo um pouco do seu sono pensando sobre a Croácia", acrescentou o treinador, questionado sobre Felipão ter dito que só teria problemas para dormir se tivesse que marcar um jogador como Neymar.
O craque brasileiro é admirado pelos croatas, embora todos evitem dizer como pretendem pará-lo. Sobram respostas que variam entre o clichê e a ironia fina. "Se eu não puder fazer mais nada para marcá-lo, tranco a porta dele no hotel. Ele é humano. Em 2006 jogamos contra Ronaldinho e Kaká e perdemos por 1 a 0. Tudo é possível no futebol. A bola é redonda. Viemos para a Copa porque temos qualidade, não porque somos bonitos", disse Srna.
As respostas fluem mais quando tratam de como parar o jogo coletivo do Brasil e explorar os defeitos do time de Felipão. Em Salvador, o meia Ivan Rakitic havia dito que o caminho era atacar nas costas dos laterais Daniel Alves e Marcelo. Ponto explorado pela Sérvia no amistoso de sexta-feira, no Morumbi. Outra aposta é na manutenção da posse de bola.
"Como o Brasil, nós gostamos de ter a posse de bola. Sabemos que o Brasil não gosta muito de correr atrás. Vamos tentar jogar mais com a bola, atacar e procurar nossas chances. Quanto mais tempo tivermos um resultado a nosso favor, maior a chance de os brasileiros e a torcida ficarem nervosos", confia Kovac.
Técnico mais jovem da Copa, com 42 anos, Kovac esteve em campo ao lado de Srna na estreia do Mundial de 2006. Vitória brasileira por 1 a 0, gol de Kaká. Oito anos antes, uma contusão o tirou do grupo que seria terceiro colocado na França, melhor campanha da Croácia justo no torneio de estreia do país que se desligou da Iugoslávia em 1991. Artilheiro e craque daquele time, Davor Suker vê na geração atual potencial de repetir o milagre mencionado por Srna.
"Espero que a Croácia possa surpreender da mesma maneira como em 1998. Espero que Modric e Rakitic possam jogar como Boban, Prosinecki e Asanovic. Que Mandzukic, Jelavic e Eduardo possam marcar os gols que eu fiz. Mas primeiro precisamos jogar bem como equipe", disse Suker, ao site da Fifa.
Suspenso, Mandzukic não joga. Deve ser substituído por Jelavic.
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