O suíço Massimo Busacca, responsável da Fifa para arbitragem, defendeu nesta sexta-feira (13) o desempenho do japonês Yuichi Nishimura, muito criticado por conceder ao Brasil um pênalti que lhe permitiu desempatar a partida de abertura da Copa do Mundo diante da Croácia.
Presidente da Comissão de Arbitragem da entidade máxima do futebol mundial, Busacca não quis criticar a decisão de Nishimura, que marcou pênalti por um suposto puxão de Dejan Lovren sobre Fred.
"É difícil chegar a uma conclusão. Não sou o atacante nem o zagueiro. Não sei se o contato tinha a força suficiente para derrubar Fred. Mas o evidente é que houve contato. Se não, não estaríamos discutindo", disse o suíço, que já foi árbitro e elogiou o posicionamento e a postura do japonês.
"Nishimura estava em uma boa posição no campo para ver o que aconteceu. Isto está claro. A jogada, no entanto, só pude vê-la poucas vezes porque viajava para São Paulo", esclareceu.
"Não posso fazer uma análise clara. Vi que o zagueiro tocou o atacante. Se um defensor está nessa situação se arrisca a que o pênalti possa ocorrer", acrescentou Busacca, que preferiu não se pronunciar em relação ao futuro do árbitro japonês na competição.
"Não se pode dizer agora se Nishimura apitará outras partidas. Temos que avaliar tudo porque o jogo é de 90 minutos e não se limita a uma só ação. É preciso lembrar que o árbitro tem que tomar uma decisão em apenas alguns segundos", salientou.
A Fifa admitiu na quinta-feira (12) "algumas dúvidas" em torno do pênalti que facilitou a vitória do Brasil, mas negou qualquer indicação para ajudar os donos da casa.
"A Fifa não pretende ajudar o anfitrião. Estamos aqui para organizar um torneio. Haverá erros. Mas não para ajudar ninguém", disse o diretor de marketing da Fifa, Thierry Weil.
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