O Irã fará neste sábado (21) contra a Argentina de Lionel Messi o jogo mais difícil e importante da sua história, declarou o treinador da seleção iraniana, o português Carlos Queiroz. A partida será no Mineirão, em Belo Horizonte.

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Queiroz reconhece a tarefa árdua que os jogadores que comanda têm pela frente, mas os atletas estão adorando a oportunidade de poder enfrentar a Argentina, uma das principais seleções do mundo.

"Não trocamos esse jogo por nada desse mundo. É o jogo mais importante da história do Irã", disse Queiroz.

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Ele disse que a Copa que o Irã veio disputar não é a mesma que a Argentina veio jogar. Enquanto os sul-americanos tentarão a taça, o Irã quer aprender com a oportunidade que terá. O objetivo principal deles foi alcançado com a classificação para a Copa no Brasil.

"Estamos aqui para desfrutar esse mundial e fazer o melhor possível. A Argentina é uma seleção cheia de estrelas, e a nossa estrela é o espírito de equipe", afirmou o treinador.

Segundo ele, em um jogo como este, em que os níveis dos times são muito diferentes, não cabe ao Irã ditar o ritmo. Queiroz disse que seleções como a Argentina, Brasil e Alemanha é que têm esse papel a cumprir.

Tanta resignação, contudo, não faz Queiroz entregar os pontos. Perguntado quantas de dez fichas ele apostaria no Irã nessa partida, o técnico disse as dez. "Se for para ganhar, não quero ganhar pouco", disse.

"Nenhum jogo está ganho antes de ser jogado. As melhores equipes não ganham sempre e as piores não perdem sempre", completou.

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Se der a zebra, os jogadores voltarão para o Irã endeusados. O empate sem gols contra a Nigéria, no pior joga da Copa até agora, já valeu ao treinador e aos jogadores os parabéns do presidente do Irã, Hassan Rouhani.

SabellaÉ truque manjado no futebol. O técnico é durão, rígido, às vezes intransigente. O assistente faz o papel de camarada, mais aberto ao bate-papo. É quem explica aos jogadores as razões por trás das decisões do chefe.

Por mais de oito anos, Alejandro Sabella foi braço direito de Daniel Passarella, profissional não exatamente conhecido pelo diálogo. Quando o auxiliar se tornou treinador, seus próprios jogadores dizem que ele continuou disposto à troca de ideias. Mesmo na seleção argentina.

"Alejandro sempre deu liberdade para os jogadores. Nunca se fechou para nada", afirmou Di María à reportagem antes da Copa do Mundo.

Isso explica em parte a impaciência de Sabella com a polêmica na imprensa sobre as declarações de Lionel Messi. Em entrevista na última segunda (16), um dia após a vitória sobre a Bósnia, o atacante deixou clara a preferência pelo esquema 4-3-3. Na estreia, a Argentina começou no 3-5-2.

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"Não sei o que Alejandro pensou", chegou a dizer o camisa 10.

Pensou em poupar Higuaín. Messi sabia disso. O centroavante não estava 100% por ainda se recuperar de lesão no tornozelo. Sabella já esperava o que vinha pela frente, tanto que foi o responsável pela escolha do seu principal jogador para enfrentar a imprensa naquele dia.

No mundo ideal do treinador argentino, o futebol não é um universo paralelo em que ninguém admite erros e encontra fantasmas onde não existem. Não há aquilo que é a especialidade de Luiz Felipe Scolari: a permanente guerra do "nós contra o mundo". Sabella reconheceu ter se equivocado na escalação inicial para enfrentar a Bósnia e foi severamente criticado na Argentina por isso.

"Há coisas que custam a melhorar. Algumas conseguimos. Outras não. Aqui não se criam inimigos externos onde não existe. Temos de tratar de melhorar o nosso trabalho, não de criar inimigos. Senão, vamos ficar olhando para trás, esperando pelo golpe."

Em alguns aspectos, mantém o espírito de assistente. Tenta conciliar o papel de líder que sempre precisa desagradar a alguns ao escalar a equipe com o sujeito aberto a sugestões. Reúne o elenco para assistir aos jogos e presta muita atenção nas opiniões dos seus comandados.

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Da mesma forma que, ao escolher Messi para capitão, esperou que Mascherano convencesse o camisa 10 a aceitar o papel, acredita que seus atletas podem perceber sozinhos quais são suas funções na seleção.

A filosofia do técnico de "viva e deixe viver" é rara na Copa do Mundo, principalmente em seleções que são favoritas. E precisa ser levado em conta que a Argentina não passa das quartas de final desde 1990, quando foi vice.Implantar um sistema de confiança treinador-elenco não é raro no futebol. Incomum é a forma como Sabella pretende fazê-lo.

"Eu mantenho a minha maneira de ser, minhas convicções. Não quero amigos externos. Não mudo minha maneira de ser. Liberei os jogadores para que falem livremente e deem suas opiniões. Que digam o que queiram para os jornalistas."Refém do resultado, como todos os que estão na profissão, Sabella sabe que se for campeão, sua abertura será vista como chave para o sucesso. Se perder, será fraqueza.