Ambiente
Argentino viaja 5,5 mil km e monta casa em frente do CT argentino
A Argentina está fechada no CT do Atlético-MG, em Belo Horizonte, mas a fortaleza montada não consegue ficar imune aos gritos de incentivo que vem do lado de fora. Os torcedores argentinos começaram a chegar à cidade para o duelo da equipe contra o Irã, sábado, e alguns deles decidiram fazer plantão em frente do local de treinamento.
Maxi Gutierrez, 25 anos, resolveu morar por lá. Literalmente. Ele saiu de carro de Neuquén, na Patagônia, com um amigo e percorreu 5.500 km antes de montar acampamento próximo ao quartel-general dos hermanos. "Os seguranças nos deixam usar o banheiro e nos dão água. A comida nós mesmo fazemos", disse ele, em meio aos preparativos de um churrasco improvisado, ou melhor uma típica parrilla argentina.
Inácio Farias foi outro torcedor presente no CT. Argentino, ele casou com uma brasileira, mora no país há 15 anos, mas garante que a paixão de todos em casa é só pela Albiceleste. "Fiz uma lavagem cerebral em todos", contou ele, que deu aos filhos o nome de Diego, por causa de Maradona, e Gabriel, homenagem a Batistuta. "Se tivesse tido um terceiro, seria Fernando, por causa do Redondo [ex-volante da seleção]", contou.
Apostar tudo na força do ataque ou reforçar a defesa não muito confiável? É a dúvida que paira na cabeça dos torcedores e, principalmente, do técnico da Argentina, Alejandro Sabella. O dilema não é novo. Acostumada a formar vários atletas de talento no setor ofensivo, a Albiceleste costuma ter dor de cabeça com os próprios defensores.
Os argentinos encaram o Irã no sábado, em Belo Horizonte, e encerram a primeira fase na semana que vem, diante da Nigéria, em Porto Alegre. Os dois adversários, que se enfrentaram na Arena da Baixada e fizeram o pior jogo do Mundial (empate por 0 a 0), não devem trazer problemas. A preocupação está nos jogos eliminatórios, a partir das oitavas de final. Ajeitar a zaga diante de oponentes de melhor nível é considerado um passo essencial para os hermanos terem reais chances de título na Copa.
A escalação do time titular da Argentina começa com um nome que traz desconfiança. O goleiro Sergio Romero luta contra a inatividade. Ele esquentou o banco de reservas em seu clube, o Monaco (FRA), em toda a última temporada. Nas Eliminatórias Sul-Americanas, começou jogando em 14 partidas e foi vazado 13 vezes. A Argentina, aliás, apesar de liderar a disputa continental, sofreu gols em 12 dos 16 confrontos.
"Ele é o melhor da Argentina. Está há muito tempo no futebol europeu [sete anos]. Não jogou muito no último ano, mas estamos seguros com ele no gol", disse o goleiro reserva Mariano Andujar, dando apoio ao companheiro de posição.
Na estreia na Copa do Mundo vitória por 2 a 1 contra a Bósnia , Romero foi o camisa 1 e a Argentina entrou em campo com três zagueiros: Campagnaro, Federico Fernandez e Garay. No segundo tempo, o técnico sacou Campagnaro para colocar o atacante Higuaín em campo. A equipe ganhou mais força ofensiva, Messi marcou um golaço no Maracanã, mas a defesa foi vencida e o time passou sufoco nos minutos finais.
"Temos variações, podemos jogar de diferentes jeitos. Treinamos, nos conhecemos, e partida a partida podemos mudar dependendo do rival que enfrentamos. O mais importante é termos conhecimento do sistema que vamos jogar", declarou Messi nesta semana na Cidade do Galo, em BH, onde a Argentina está concentrada.
4-3-3, 5-3-2... Esquemas e números que não saem da cabeça de Sabella. Ele terá de decidir por um rumo. "Precisamos evoluir durante a competição, há espaço para isso e parte dessa melhoria está nas minhas mãos", admitiu o técnico, ciente da pressão e da responsabilidade de levar a equipe ao título mundial, encerrando um jejum de 28 anos.
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