Convocado para disputar sua primeira Copa do Mundo pelo Japão, o zagueiro Maysa Yoshida exaltou a experiência dele e de seus colegas no futebol europeu. Segundo ele, a rodagem de parte do elenco por campeonatos da Europa aumentou o nível da seleção nos últimos anos - em 1998, na primeira participação japonesa em Mundiais, todos os convocados atuavam no seu próprio país.
"Acho que poder se comparar para valer com jogadores de primeira todos os dias é muito importante quando você vai participar de torneios entre seleções", opinou o defensor ao site oficial da Fifa. "Ter esse tipo de experiência é o que mais mudou para mim. Em comparação com quatro anos atrás, houve um aumento no número de japoneses em times estrangeiros, e acho que ainda mais atletas vão jogar fora do país depois da Copa do Mundo", disse o jogador do Southampton, onde atua desde 2012.
Yoshida foi revelado em 2006 pelo clube japonês Nagoya Grampus e em 2010 se transferiu para o holandês VVV-Venlo. "Quando jogava no Japão, era basicamente com compatriotas. Mas, na Inglaterra e na Holanda, tive a chance de atuar com jogadores de cada um desses dois países, que são fortes fisicamente. Trocar de ambiente e jogar ao lado de europeus e sul-americanos - algo bastante incomum para mim no começo - se tornou normal", comentou o capitão do time olímpico japonês de 2012.
Yoshida acredita que sua equipe ter disputado a Copa das Confederações de 2013 no Brasil é outro fator positivo de experiência. "Acho que termos visto o País de perto fará uma grande diferença. Apesar de não termos conseguido resultados muito bons na Copa das Confederações, acho que competir com equipes que são consideradas as melhores do mundo foi valioso para nós", afirmou o atleta do Japão, que estreia na Copa neste sábado contra a Costa do Marfim, no Recife.
Dos 23 convocados pelo técnico italiano Alberto Zaccheroni, 12 japoneses atuam no futebol europeu, com destaque para Keisuke Honda, do Milan, e Shinji Kagawa, do Manchester United. Para Copa de 2002, foram convocados quatro "europeus", enquanto outros seis que atuavam no Velho Continente disputaram o Mundial de 2006 e outros quatro o de 2010.
Costa do Marfim
O técnico da Costa do Marfim, Sabri Lamouch, fez questão de afastar os boatos de que não teria a estrela Didier Drogba para a estreia na Copa do Mundo diante do Japão. O treinador confirmou que vai escalar o que tem de melhor, inclusive o atacante.
"Todos jogadores estão preparados para jogar amanhã (sábado). Não posso dizer que todos estão 100%, mas estão em condições de desempenhar um bom papel. Todos estão disponíveis. Não sei depois", alertou o treinador, já admitindo a possibilidade de ter que preservar alguns jogadores na sequência do Mundial."
Em relação a Drogba, que na quarta-feira deixou o treino reclamando de dores na coxa, Lamouch disse que o jogador se recuperou. "Nosso pessoal médico fez um excelente trabalho. Didier é um verdadeiro campeão e um grande jogador. Sua experiência será muito útil. Ele está bem", garantiu.
Mostrando bom humor, o técnico francês não quis dar pistas de qual time vai levar a campo. Ao ser perguntado sobre a equipe, se esquivou: "Sim, eu já resolvi quem começa jogando. Mas vocês só vão saber amanhã (sábado)."
Apesar de tanto mistério, a tendência é que ele escale a base do time dos últimos jogos. Assim, a Costa do Marfim deve ir a campo com Barry; Aurier, Kolo Touré, Sol Bamba e Boka; Zokora, Tioté e Yaya Touré; Gervinho, Drogba e Kalou.