O México aprendeu com o tempo a enfrentar o Brasil e quer usar essa experiência para surpreender o time de Felipão na partida desta terça-feira, na Arena Castelão. Foram os rivais que acabaram com o sonho olímpico nos Jogos de Londres, há dois anos. "Nós respeitamos o Brasil, sabemos das qualidades da equipe, mas não temos medo. Essa palavra não existe em nosso dicionário e somos determinados na forma de jogar", avisou o lateral Layún.

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No ano passado, na Copa das Confederações, o Brasil fez 2 a 0 no México. "Foi um ano em que não estávamos bem", explicou o técnico Miguel Herrera, que assumiu a seleção em situação complicada nas Eliminatórias e conseguiu classificar o país para a Copa. "Contra os grandes, nós crescemos e temos atitude para mostrar que não somos tão inferiores assim", continuou o comandante.

Herrera é muito carismático e conta com grande apoio popular. Ele está emocionado com a grande quantidade de torcedores mexicanos em Fortaleza e espera que a sua equipe consiga retribuir o carinho dentro de campo. "A torcida está com a gente e temos de nos cercar dela. Não somos intocáveis", disse o treinador, que chegou a ficar bem próximo da massa no calçadão da avenida Beira-Mar, em Fortaleza.

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Os jogadores do México sabem da força do Brasil, ainda mais jogando em casa. Mas entendem também que o Mundial está promovendo alguns resultados inesperados e isso enche a equipe ainda mais de esperança. "A Copa começou com muitas surpresas e favoritos no papel acabaram tropeçando. Isso nos dá confiança e esperança", comentou o defensor Salcido. "Na Copa das Confederações, quando perdemos, vínhamos mal nas Eliminatórias. Agora o time está diferente".

Herrera não vai mexer na equipe que venceu Camarões na primeira rodada. Ele gostou do desempenho dos jogadores e da postura do time, que atuou com uma linha de três defensores (sem a bola os alas recuavam e reforçavam a marcação). Na frente, Giovanni dos Santos e Peralta deram conta do recado.

Até por isso mesmo, o comandante garantiu que não fará qualquer marcação especial no atacante Neymar. "O Brasil não é só Neymar e por isso mesmo não vamos fazer uma marcação individual. Vamos enfrentar um adversário que tem uma equipe completa", lembrou, aproveitando para elogiar outro jogador rival. "Para mim, o Oscar foi o melhor em campo no último jogo. Teve uma atuação impressionante".