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O nigeriano Peter Odemwingie marcou o único gol da partida, suficiente para tirar a Bósnia da Copa no Brasil | Gerry Penny/ Efe
O nigeriano Peter Odemwingie marcou o único gol da partida, suficiente para tirar a Bósnia da Copa no Brasil| Foto: Gerry Penny/ Efe

Noite Infeliz

O atacante Edin Dzeko, principal esperança da Bósnia na Copa do Mundo, viveu uma noite para ser esquecida. Como se não bastasse o gol mal anulado no primeiro tempo, o jogador errou a maioria dos chutes. Nos acréscimos teve duas chances claras de empatar a partida, mas na melhor delas viu o goleiro Enyeama defender e, posteriormente, a bola bater na trave. Tudo sob os olhares do presidente da Fifa, Joseph Blatter, e do ministro dos esportes, Aldo Rebelo, presentes na Arena Pantanal.

Quando o apito final soou ontem na Arena Pantanal, em Cuiabá, vários jogadores da Bósnia-Herzegovina, entre eles os craques Pjanic, da Roma, e Dzeko,do Manchester City, caíram no chão, desolados. Resultado do fim do sonho de passar para as oitavas de final na sua primeira participação em Copa do Mundo. Diante de um público de 40 mil pessoas, a equipe perdeu para a Nigéria por 1 a 0 e acabou com a possibilidade de ser uma das surpresas do Mundial.

A vitória dos nigerianos, que mostraram um futebol superior ao visto em Curitiba na estreia sem gols contra o Irã, na última segunda-feira, ocorreu com um gol aos 29 minutos do meia Odemwingie, após boa jogada pela direita do atacante Emenike. Com a vitória, a Nigéria foi a quatro pontos no grupo F e depende apenas de um empate contra a Argentina, na quarta-feira, às 13 horas, em Porto Alegre, para se classificar as oitavas de final, fato que não ocorre desde 1998. Até mesmo uma derrota pode fazer os africanos avançarem caso o Irã não vença a Bósnia no mesmo dia e horário, em Salvador.

"O principal é que ganhamos", comemorou o técnico nigeriano, Stephen Keshi. "Você precisa de sorte na vida, se for sorte, vamos aceitar", acrescentou o técnico, lembrando da bola na trave do atacante Dzeko, aos 47 minutos da etapa complementar.

Para os bósnios, após a partida, restou a lamentação pela eliminação e pelo gol anulado de forma incorreta pelo árbitro Peter O’Leary, da Nova Zelândia, aos 20 minutos do primeiro tempo, quando o jogo ainda estava 0 a 0. No lance, Dzeko balançou a rede, mas o impedimento inexistente foi assinalado.

"Temos que cumprimentar a Nigéria, pois jogaram melhor do que nós vimos contra o Irã. Eles tiveram mais sorte do que nós", contemporizou o técnico bósnio Safet Susic, já pensando sobre a melancolia que será a última rodada. "Depois dessa perda é difícil três dias depois motivar os jogadores. Nosso objetivo é deixar uma boa impressão. É uma pena essa geração se despedir tão rapidamente da competição", lamentou.

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