O primeiro empate da Copa do Mundo, um 0 a 0 sem graça entre Irã e Nigéria pelo Grupo F, irritou a torcida nesta segunda-feira na Arena da Baixada, em Curitiba. Ao final da partida, a grande maioria brasileira vaiou as duas equipes, mas a insatisfação também partiu de quem esteve diretamente envolvido em campo.
O volante nigeriano John Obi Mikel foi um deles, que logo após o jogo disse ter ficado frustrado com o que foi apresentado em campo, principalmente pela postura iraniana. "Eles tinham os 11 jogadores atrás da bola, o que dificultava para nós criarmos chances", disse. "É frustrante porque eles se recolheram lá atrás".
Já o técnico da equipe africana, Stephen Keshi, preferiu poupar o Irã de críticas. Na opinião dele, seus comandados foram tomados pela ansiedade e acabaram desperdiçando as chances de marcar nos primeiros 25 minutos, quando foram superiores.
"Respeito o Irã. Eles tinham o plano de resistir atrás e o fizeram bem", analisou o ex-jogador que representou a Nigéria na Copa de 1994, nos Estados Unidos, acrescentando que já está preparado para as críticas que receberá pelo resultado. "É parte do jogo. No meu país, a única opção é ganhar a qualquer custo, mas às vezes isso não acontece", completou.
A próxima partida da Nigéria pelo Mundial é diante dos estreantes da Bósnia-Hezergovina, neste sábado, na Arena Pantanal, em Cuiabá. A vitória é fundamental para que os nigerianos consigam a classificação para as oitavas de final sem ter que depender do jogo contra a favorita Argentina.
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