O técnico Ottmar Hitzfeld despediu-se do futebol nesta terça-feira (1.º) lamentando ter ficado a dois minutos de sua meta contra a Argentina: a decisão por pênaltis. O treinador da Suíça sabia que para surpreender a favorita rival no jogo das oitavas de final, só com forte marcação e tentando não levar gol nos 120 minutos. Faltou pouco, mesmo assim ele comemorou a aplicação tática de sua equipe no estádio Itaquerão, em São Paulo.
"Se atacássemos a Argentina, podíamos surpreendê-los, mas dando espaços, tomaríamos mais gols do que contra a França", afirmou, lembrando os cinco que a sua equipe levou dos franceses na fase de grupos, em Salvador. "Mas me orgulho dos jogadores, fizeram uma partida com maturidade, se mantiveram calmos nas dificuldades".
Ottmar Hitzfeld lamentou, após "um primeiro tempo excelente", a Suíça não ter conseguido abrir o marcador. Depois, assumiu que a Argentina cresceu e que tudo que podia ser feito em campo foi o apresentado por seu grupo.
"Tenho de dar os parabéns para minha equipe pelo grande desempenho, que o mundo inteiro viu. Também parabenizo a Argentina, que passou por grande dificuldade no jogo e soube, mesmo assim, avançar."
O treinador, que é alemão, agora vai se dedicar à vida de comentarista em uma emissora de tevê do seu país. "Não vou perder nenhuma partida, continuarei acompanhando o futebol", garantiu.
Longe do campo, ele garante que prestigiará o futebol suíço. E seguirá vendo as façanhas de Messi. Neste jogo das oitavas, ele fez o que pôde para segurar o camisa 10 argentino. Chegou a pedir que três marcadores ficassem próximo do astro e mesmo assim ele foi decisivo com arrancada e passe para o gol de Dí Maria.
"Nós sabíamos que o Messi num segundo pode decidir o jogo. Para marcá-lo, só com todos juntos e três, quatro, perto dele. Ele tem qualidades suficientes para isso e fez o passe para Di María realizar uma grande finalização a gol. Mesmo assim, tenho de dar os parabéns ao time e ao Benaglio. Nosso goleiro fez um grande jogo", afirmou o técnico.
Ottmar Hitzfeld assumiu que foi um dos jogos mais dolorosos de sua carreira. E que tudo ficará em sua memória. "Acho que cada momento no futebol ficará guardado. As emoções são assim, uma dimensão incrível disputar uma Copa e ter a possibilidade de chegar aos pênaltis. Infelizmente não chegamos, mas podemos sair de cabeça erguida e orgulhosos."
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