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Treino uruguaio, com Lugano em destaque, para a estreia em Fortaleza: pressão | Albari Rosa, enviado especial/ Gazeta do Povo
Treino uruguaio, com Lugano em destaque, para a estreia em Fortaleza: pressão| Foto: Albari Rosa, enviado especial/ Gazeta do Povo

O maior fantasma do Brasil em Copas terá de lidar com suas próprias assombrações para sobreviver ao mais duro grupo do Mundial de 2014. O Uruguai estreia hoje contra a Costa Rica, às 16 horas, na Arena Castelão, obrigado a vencer para entrar em vantagem nos confrontos diretos com os campeões Itália e Inglaterra, os outros candidatos às duas vagas do Grupo D às oitavas de final. Uma missão teoricamente fácil, que uma série de estreias ruins e a temporada pesada de alguns dos seus principais jogadores tornam incerta.

Confira as escalações de Uruguai e Costa Rica

Toda a preparação da Celeste para 2014 foi marcada pela lembrança do Maracanazo. A Puma, fornecedora de material esportivo da equipe, criou uma campanha do "Fantasma de 50" para a Copa. Uma peça adorada pelos torcedores, mas que causa desconforto na seleção uruguaia. "É uma campanha bem-humorada, mas não queremos saber de fantasma. Temos algo bem concreto, que é a Copa. O resto é mídia, não futebol", afirmou o técnico Óscar Tabárez.

O Maestro tem problemas bem concretos a resolver. O primeiro é um acerto de contas com a história. Desde 1970 a Celeste não estreia com vitória. São três empates e duas derrotas, marca que, se ampliada contra o time mais frágil do grupo, será uma catástrofe.

O outro é o desgaste. O zagueiro Diego Godín e o meia Cebolla Rodríguez juntaram-se mais tarde à seleção porque decidiram a Liga dos Campeões pelo Atlético de Ma­­drid. Edinson Cavani fez mais de 40 jogos pelo PSG. Luis Suárez perdeu o tempo de descanso entre o fim da Pre­­mier League e a Copa se recuperando de uma cirurgia de joelho. Escapou de ser cortado, mas não joga hoje, diz Tabárez.

Para todos os problemas, a resposta vem de 2010. A campanha do quarto lugar começou com empate, melhor desempenho desde 70. A manutenção da base da África do Sul dá experiência e confiança para vencer a disputa com italianos e ingleses, times de baixa quilometragem em Mundiais. "Há um ano, na Copa das Confederações, não era muito claro que estaríamos aqui. Era muito difícil a classificação. Nos chamam de campeões da repescagem. Mas também saímos da repescagem para a África do Sul", diz Tabárez. "Vivemos a experiência de 2010, e isso nos dá confiança de que temos o potencial necessário para superar rivais muito difíceis", reforçou o goleiro Fernando Muslera.

Antes de voltar a assombrar o Brasil – só a partir das quartas de final –, o Uru­­guai é um fantasma para a Costa Rica. A Celeste classificou-se para 2010 após vencer Los Ticos na repescagem. "Estamos envolvidos com os seis sentidos para ganhar este jogo, o que seria transcendental", disse o técnico Jorge Luís Pinto.

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